Operação Successione: polícia prende mais dois suspeitos de atuarem no jogo do bicho em MS
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Segundo o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os envolvidos na exploração do jogo do bicho continuaram as ações ilegais mesmo depois das duas primeiras fases da operação. Parte das máquinas de registro de apostas no jogo do bicho apreendidas em QG no bairro Monte Castelo, em Campo Grande.ReproduçãoO Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu nesta quarta-feira (3) a terceira fase da Operação Successione e prendeu dois suspeitos envolvidos na exploração do jogo do bicho, em Campo Grande. De acordo com o Gaeco, 15 pessoas foram denunciadas no dia 19 de dezembro, por integrar organização criminosa armada, estruturalmente ordenada e com divisão de tarefas, voltada à exploração ilegal do jogo do bicho, roubos triplamente majorados, corrupção, entre outros crimes graves. No dia 29 de dezembro, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) denunciou o deputado estadual Neno Razuk (PL-MS), apontado como chefe desse grupo.Em nota, o Grupo de Combate ao Crime Organizado informou que os integrantes da organização criminosa continuaram agindo de forma ilegal mesmo depois das duas primeiras etapas da operação, deflagradas em 5 e em 20 de dezembro de 2023."Segundo levantamentos, a organização criminosa, que age de maneira violenta para estabelecer seu domínio, mesmo depois de uma ação policial ocorrida em outubro de 2023, continuou a investir na aquisição de máquinas, para operar o jogo do bicho nesta capital", informou o Gaeco em nota.Monopólio do jogo do bichoOperação do Gaeco visa grupo criminoso envolvido com jogo do bichoAo longo de mais de 500 páginas, o Gaeco apresenta relatórios e elementos que ligam o deputado estadual ao jogo do bicho. Para o MPMS, Neno Razuk "conquistou" espaço em Campo Grande após a queda da família Name, antiga detentora do comando do jogo do bicho na capital. Veja o vídeo acima."A exploração de jogos de azar, em especial o jogo do bicho, naturalmente fomenta a prática de crimes como corrupção, extorsão, lavagem de dinheiro, homicídio, até mesmo para garantir o próprio funcionamento do ilícito, tratando-se de atividade extremamente maléfica à sociedade, como visto em episódios semelhantes ocorridos em todo o território nacional", detalha parte do documento acessado.De acordo com a investigação do MP, o deputado atuava com as máquinas do jogo do bicho no interior do estado. Após a prisão de Jamil Name e Jamil Name Filho, na operação Omertà, Neno teria entrado na disputa pelo poder de controle da contravenção em Campo Grande.A segurança pública e esquemas criminosos, em Campo Grande, voltam ao centro das investigações. A operação deixou evidente que policiais eram usados como "seguranças particulares" do chefes de organizações criminosas ligadas ao jogo do bicho.Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: