EUA: governo Trump retaliará estados contrários à sua lei de imigração

O Departamento de Justiça do novo governo de Donald Trump colocou promotores federais no encalço de autoridades estaduais ou locais que se colocarem contrárias à implementação e fiscalização das leis de imigração impostas pelo recém-empossado presidente dos EUA.

Foto: Agência Brasil - EBC

Foto: Agência Brasil - EBC

O Departamento de Justiça do novo governo de Donald Trump colocou promotores federais no encalço de autoridades estaduais ou locais que se colocarem contrárias à implementação e fiscalização das leis de imigração impostas pelo recém-empossado presidente dos EUA.

Algumas cidades e estados aprovaram leis ou políticas que os desobrigam de cooperar com o Serviço de Imigração e Controle (ICE).

De acordo com um memorando assinado pelo procurador-geral interino Emil Bove, obtido pela agência Associated Press nesta quarta-feira (22/1), os promotores podem ser encarregados de perseguir governadores que seguem as leis locais.

O memorando também diz que o Departamento de Justiça retomará ao princípio de acusar os réus pelo crime mais grave que puder provar, uma posição típica dos departamentos liderados pelos republicanos, como Trump.

Leia também

Grande parte do memorando é centrada na aplicação da lei de imigração. Bove escreveu que os promotores devem “tomar todas as medidas necessárias para proteger o público e proteger a fronteira americana, removendo estrangeiros ilegais do país e processando estrangeiros ilegais por crimes” cometidos na jurisdição dos EUA.

O memorando também sugere que autoridades estaduais e locais que atrapalham a aplicação da lei federal de imigração podem ser investigadas. Ele orienta os promotores a verificar quaisquer episódios em que autoridades estaduais e locais obstruam ou impeçam funções federais.

Linha dura

O propósito de Trump é implementar uma linha dura no que diz respeito às políticas de imigração. Tom Homan, chefe do Serviço de Imigração e Controle (ICE) dos Estados Unidos, conhecido como o "Czar das fronteiras", informou nessa terça-feira (21/1) que as batidas e deportações de imigrantes ilegais já começaram.

As autoridades federais da imigração dos Estados Unidos terão autorização de prender imigrantes ilegais e realizar operações nas chamadas "áreas sensíveis". Segundo as diretrizes anunciadas também nessa terça pelo secretário interino de Segurança Interna, Benjamine Huffman, locais como igrejas e escolas não impedirão a prisão dos imigrantes.