Deputado exonera assessores presos em operação contra jogo do bicho em MS

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Deputado exonera assessores presos em operação contra jogo do bicho em MS
Operação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) também apura o envolvimento de policiais como 'seguranças particulares' do jogo do bicho em Campo Grande. Neno Razuk é alvo de operação contra jogo do bicho

Wagner Guimarães/ Reprodução

O deputado Neno Razuk (PL) exonerou os três assessores presos durante operação que apura esquema do jogo do bicho em Campo Grande. Os homens foram demitidos dos cargos ligados ao político na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems).

Os assessores foram exonerados três dias após a Operação Successione ser deflagrada em Campo Grande e Ponta Porã. Os presos demitidos são:

O major da Polícia Militar Gilberto Luiz dos Santos;

Diego Sousa Nunes;

Manoel José Ribeiro - sargento da reserva da PM.

Conforme apurado pelo g1, um quarto assessor também foi alvo da operação, mas somente mandado de busca e apreensão foram cumpridos. Este segue empregado na Casa de Leis.

O próprio deputado também está entre os alvos da operação e teve dois celulares e um tablet apreendidos. O político se diz surpreso com o caso. "Todo mundo sabe do jogo do bicho em Campo Grande, que continua à solta. Eu não tenho nada a ver com jogo do bicho, não tenho nenhum cambista, banca, nada. Eu acho que estão querendo jogar isso nas minhas costas", declarou.

Operação apura uso de policiais como seguranças do jogo do bicho

Investigações são feitas pelo Gaeco-MS.

Geisy Garnes

A segurança pública e esquemas criminosos, em Campo Grande, voltaram ao centro das investigações do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). A operação deflagrada, nessa terça-feira (5), apura o envolvimento de policiais como "seguranças particulares" de chefes de organizações criminosas ligadas ao jogo do bicho.

Batizada de "Succesione", a operação mirou um grupo criminoso que tenta reassumir o controle dos jogos de azar em Campo Grande. A atuação do jogo do bicho foi enfraquecida na capital após a "Operação Omertà", que prendeu chefes da milícia ligada à contravenção.

Mais de 10 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão foram cumpridos.

Em nota, o Gaeco esclareceu o cerne principal da operação, que revelou "a atuação de uma organização criminosa responsável por diversos roubos praticados mediante o emprego de arma de fogo e em concurso de agentes, em plena luz do dia e na presença de outras pessoas, em Campo Grande/MS, no contexto de disputa pelo monopólio do jogo do bicho local".

Ainda conforme o órgão de investigação do MPMS, esta nova organização criminosa "tem grave penetração nos órgãos de segurança pública e conta com policiais para o desempenho das atividades".

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