Nunes nega que haja milícia em SP e diz que é o candidato de Bolsonaro
São Paulo – O prefeito da capital e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), disse na noite desta terça-feira (27/8) que não existe ação de milícia na Cracolândia, no centro da capital, e que o fato de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ter dito que o apoia deveria bastar para ele ser visto como representante do bolsonarismo na eleição à Prefeitura paulistana.
São Paulo – O prefeito da capital e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), disse na noite desta terça-feira (27/8) que não existe ação de milícia na Cracolândia, no centro da capital, e que o fato de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ter dito que o apoia deveria bastar para ele ser visto como representante do bolsonarismo na eleição à Prefeitura paulistana.
Milícia foi o termo usado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e pela Polícia Civil para relatar a atuação de guardas-civis metropolitanos (GCMs) acusados de cobrar taxa de proteção de moradores e comerciantes da região da Cracolândia, em uma operação deflagrada no começo do mês contra o esquema. Nunes foi sabatinado por jornalistas da GloboNews no fim da noite e rechaçou o termo.
“Milícia, eu me permito o direito de discordar dessa fala. Porque milícia é diferente, é como tem em outros estados. A pessoa está ali dentro daquela instituição [polícia], usando a instituição para poder cometer crimes. Não é o caso da Guarda Civil Metropolitana”, disse Nunes.
O prefeito defendeu a atuação da GCM na capital, afirmando que a instituição já prendeu 400 pessoas neste ano na Cracolândia. “Nós temos mais de 7 mil homens. Se tem um, três, cinco que cometeu algum erro [sic], eu já demiti mais de 10”. Nunes disse ainda manter uma política de “rigor total” no controle de agentes.
Votos de Bolsonaro
Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada na semana passada, o prefeito está tecnicamente empatado com Guilherme Boulos (PSol) e Pablo Marçal (PRTB) na liderança das intenções de voto, mas viu o influencer ultrapassá-lo numericamente. Essa ascensão, segundo as análises, ocorre principalmente entre entrevistados que se declaram apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ao ser questionado sobre o cenário, Nunes disse que Marçal manipula as informações nas redes sociais para passar a impressão de que Bolsonaro o apoia. “O presidente Bolsonaro, a [ex-primeira-dama] Michelle Bolsonaro, o governador Tarcísio [de Freitas], todos estiveram na minha convenção. O presidente falou, fez um discurso muito bonito”, disse o prefeito.
“Eu tenho o apoio. Acontece que o outro candidato [Marçal] tem uma habilidade de manipular informação, fazer corte, recorte. Se você olhar na rede dele, tem foto com o Bolsonaro”, complementou. “Isso vai criando nas pessoas uma impressão que não é”.
Nunes disse que provará que é o candidato de Bolsonaro “pela fala dele” e garantiu que o ex-presidente estará em sua campanha eleitoral.
13 imagensCampanha/Ricardo NunesCampanha Ricardo NunesCampanha Ricardo NunesCampanha Ricardo NunesCampanha Ricardo NunesCampanha Ricardo NunesPrefeitura de São PauloPrefeitura de São PauloPrefeitura de São PauloPrefeitura de São PauloPrefeitura de São PauloPrefeitura de São PauloPrefeitura de São PauloNunes foi questionado, na entrevista, se o apoio do ex-presidente não poderia ser uma “traição” ao ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), morto em 2021, de quem ele era vice. O tucano fazia fortes críticas a Bolsonaro e foi atacado pelo ex-presidente durante a pandemia de Covid-19.
“Estou recebendo um apoio [de Bolsonaro] super importante. O Bruno não está aqui entre nós. A questão de ter esse respeito pela memória do Bruno, posso te dizer que tenho 365 dias por ano, 24 horas por dia, sete dias por semana, tanto é [que tenho] essa relação de amizade com a mãe e com o filho do Bruno”, afirmou.