A União Geral dos Trabalhadores (UGT) e o Sindicato dos Comerciários de São Paulo (SECSP) mobilizam, nesta quarta-feira (29/1), uma campanha a favor do fim da jornada de trabalho 6×1.
Ponto a ponto da polêmica da escala 6×1:
- Assunto ficou em alta no fim do ano passado, logo após a deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa reduzir a jornada de trabalho no Brasil.
- A PEC propõe redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais — previstas na atual Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) — para 36 horas semanais.
- O assunto gerou uma série de reações nas redes sociais tanto a favor quanto contra a mudança proposta pela deputada.
- Ainda no ano passado, a PEC alcançou o número mínimo de assinaturas para tramitar na Câmara dos Deputados. No entanto, ainda não há previsão para a apreciação do texto.
- O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a considerar o projeto como “armadilha”.
- Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou os países do G20 para debater medidas para “reduzir o custo de vida e promover jornadas de trabalho mais equilibradas".
A partir desta quarta, a UGT e o SECSP vão recolher assinaturas da população em vários pontos da capital paulista. Também está prevista a colagem de um cartaz na sede do Sindicato dos Comerciários de São Paulo.
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O foco da mobilização será as mulheres, a maioria no setor de comércio e serviços.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o presidente do SECSP, Ricardo Patah, afirmou que o objetivo para 2025 é acabar com a jornada de trabalho 6×1. Para ele, o modelo atual é “uma atividade nefasta”.
“A mulher e o homem que trabalham em comércio e serviço não têm tempo para nada. Só trabalho, trabalho, trabalho. Ganha uma porcaria, e não têm nada. 6×1 nunca mais”, destacou Patah.
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