Melania: loja teria se recusado a atender stylist da primeira-dama
O stylist de Melania Trump, Hervé Pierre, revelou em entrevista que foi barrado ao tentar entrar em uma loja de grife.
O stylist de Melania Trump, Hervé Pierre, revelou em entrevista que foi barrado ao tentar entrar em uma loja de grife. Algumas marcas norte-americanas, segundo o relato dele, boicotam a esposa de Donald Trump, que agora assume o segundo mandato como presidente dos Estados Unidos. Pierre disse que 95% dos visuais da (agora novamente) primeira-dama são comprados em lojas independentes, em vez de showrooms personalizados, como normalmente ocorre com as outras.
Vem entender o caso:
- O designer de moda franco-americano Hervé Pierre cuida do styling de Melania Trump desde 2017. Ele já teve a própria linha de prêt-à-porter, que faliu durante a pandemia de Covid-19, e trabalhou em marcas como Dior, Balmain, Oscar de la Renta e Carolina Herrera, da qual foi diretor criativo por 14 anos.
- Ele falou, em entrevista publicada pelo portal WWD em novembro, sobre o boicote das grifes locais em relação a Melania, que retorna como primeira-dama dos EUA, no segundo mandato do marido.
- Uma loja na Madison Square Avenue, em Nova York, chegou a dizer que Pierre "não era bem-vindo" no local, segundo relato dele. O stylist não revelou o nome, para "não dar publicidade gratuita" à label.
- A mesma matéria menciona que 16 etiquetas, incluindo Michael Kors e Prabal Gurung, foram procuradas para dizer se vestiriam Melania para a posse do marido, mas seus representantes ficaram em silêncio ao questionados.
- A escolha chama atenção, já que, tradicionalmente, as primeiras-damas representam uma vitrine global para as empresas de moda.
- Como estilista, Pierre vestiu quatro primeiras-damas: Hillary Clinton, pela Oscar de la Renta; Laura Bush e Michelle Obama, pela Carolina Herrera; e Melania Trump (que já co-desenhou com ele), sob a própria etiqueta.
Melania Trump veste marcas europeias com frequência, e, ocasionalmente, algumas estadunidenses. No primeiro mandato de Donald Trump, mesmo sem terem sido procurados, diversos estilistas declararam publicamente que não iriam vesti-la. Agora, a situação parece se repetir: 16 grifes, procurados pelo WWD, se recusaram a dizer se a vestiriam.
Na entrevista, Hervé Pierre contou que não costuma trabalhar com encomendas personalizadas ou showrooms, como as primeiras-damas costumam fazer. “Eu realmente não faço isso pelo bom motivo de que a indústria da moda não é muito receptiva. Isso não é segredo. Alguns são muito abertos e seriam capazes de fazer algo especial. Mas muitas pessoas não são", revelou.
"Eles dizem: ‘Ah, ela não veste marcas americanas’. Mas você não pode esquecer que algumas marcas americanas não são muito receptivas com ela. Eu respeito isso. Mas meu trabalho é vesti-la, então eu irei a qualquer lugar que eu puder, se eu encontrar o visual certo que seja apropriado", acrescentou Pierre. Ele diz que teve o pedido negado nas poucas vezes que procurou marcas dos EUA. "Não era nem nada especial. Talvez fosse em uma cor diferente", acrescentou.
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Outro fator que dificulta a relação de Melania com as marcas nacionais, segundo Pierre, é o fato de algumas delas não conversarem com o estilo dela, da mesma forma que algumas internacionais, como a Balenciaga, conhecida pelos designs polêmicos. Nas palavras dele, ela é uma mulher de 54 anos que tem o próprio estilo e não segue tendências. Porém, o stylist diz que vai “esperar para ver” se haverá algo que agrade entre as grifes norte-americanas durante o mandato.
Em 2017, a Dolce & Gabbana chegou a lançar uma camiseta para ironizar o boicote que sofreu após Stefano Gabbana, um dos fundadores, agradecê-la no Instagram por vestir a grife em uma festa de Réveillon na Flórida. A t-shirt lançada em resposta, meses depois, trazia a palavra "#Boycott", estilizada na forma de hashtag.