"Rei do Lixo": policial preso pela PF era "língua solta" na Bahia
Preso pela própria Polícia Federal por repassar informações sigilosas para alvos da Operação Overclean, o agente da PF Rogério Magno já foi citado em outras duas investigações por ter cometido o mesmo tipo de crime.
Preso pela própria Polícia Federal por repassar informações sigilosas para alvos da Operação Overclean, o agente da PF Rogério Magno já foi citado em outras duas investigações por ter cometido o mesmo tipo de crime.
Como a coluna noticiou, o policial foi preso na segunda-feira (23/12) em Salvador acusado de repassar "informações sensíveis" aos alvos da Overclean, incluindo a identificação de agentes federais envolvidos em diligências sigilosas.
6 imagensInstagram/Redes SociaisReprodução/InstagramComando VP190/ DivulgaçãoDivulgação/ PF
Quatro antes antes, em 2020, Magno foi citado na Operação Faroeste, que apurava um esquema de vendas de sentenças no interior da Bahia, pelo mesmo motivo: repassar informações sigilosas a investigados.
Segundo investigações da PF, o policial federal também era suspeito de vazar para alguns alvos da Faroeste informações das operações policiais que tentavam desarticular o esquema.
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À época, Magno era chefe da Superintendência de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública da Bahia e atuava junto ao então secretário Maurício Barbosa. Os dois acabaram exonerados das funções.
Em 2017, o agente da PF também foi citado na Operação Vortigern, que investigou o vazamento de informações sob sigilo no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), também por suspeita de repassar informações.
Operação Overclean
A Operação Overclean visa desarticular organização criminosa suspeita de envolvimento em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
A ação já prendeu o empresário Marcos Moura, conhecido como "Rei do Lixo" da Bahia, e o vereador eleito Francisco Nascimento, primo do atual líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA). Ambos, porém, foram soltos.
De acordo com a PF, durante o período investigado, o grupo teria movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão, incluindo R$ 825 milhões em contratos firmados com órgãos públicos apenas em 2024.
Além do policial, a PF prendeu na segunda-feira (23/12) o vice-prefeito de Lauro de Freitas (BA), Vidigal Cafezeiro (Republicanos), o secretário de Mobilidade de Vitória da Conquista (BA), Lucas Dias, e o lobista Carlos André.