Líderes dizem que corte de gastos só avança após Dino liberar emendas
Líderes partidários do Senado e da Câmara apontam, nos bastidores, um “entrave” para o pacote de corte de gastos do governo avançar ainda em 2024 no Congresso.
Líderes partidários do Senado e da Câmara apontam, nos bastidores, um “entrave” para o pacote de corte de gastos do governo avançar ainda em 2024 no Congresso. O problema, dizem, seria o bloqueio da emendas parlamentares imposto pelo STF.
Deputados e senadores afirmam que, para votar um pacote de cortes com medidas impopulares, como as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), será necessário que o Supremo libere os pagamentos das emendas.
4 imagensReproduçãoDiogo Zacarias/MFDiogo Zacarias/MFDiogo Zacarias/MFAs emendas estão suspensas desde agosto de 2024, por decisão do ministro do STF Flávio Dino. Na segunda-feira (25/11), Lula sancionou o projeto aprovado pelo Congresso para atender as exigências da Corte por transparência nos pagamentos.
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Na quarta-feira (27/11), Câmara e Senado enviaram ao STF um pedido para que Dino desbloqueie os pagamentos. O ministro do Supremo, entretanto, está no estado do Maranhão, onde vai se casar no próximo sábado (30/11).
A expectativa é que Dino volte para Brasília no início da próxima semana. Somente apó a liberação das emendas, dizem os parlamentares, as resistências a votações do governo devem diminuir, facilitando a tramitação do pacote de corte de gastos.
Contenção de gastos
Além de mudanças nos pagamentos do BPC, o governo também propôs uma restrição maior para os trabalhadores que têm direito ao abono salarial, espécie de 14º salário pago anualmente a determinada faixa da população brasileira.
Hoje, o benefício é garantido para quem ganha até dois salários mínimos por mês, o equivalente a R$ 2.824. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que a proposta do governo é limitar o abono para quem ganha até R$ 2.640.
Há ainda no pacote mudanças nas regras de militares. Uma delas é estabelecer uma idade mínima de 55 anos para militares passarem para a reserva. A proposta também prevê restringir a transferência das pensões de militares.