Afundamento do solo em área de mina em Maceió volta a subir; Ministério recomenda monitoramento constate
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Região segue instável, com variáveis entre estabilização e aumento do afundamento. Ministério de Minas e Energia recomenda continuidade do monitoramento da situação. Mina com risco de colapso é a de número 18 e fica no bairro do Mutange, às margens da Lagoa Mundaú. g1 ALO boletim divulgado pela Defesa Civil na manhã deste sábado (9) mostra que a velocidade de afundamento do solo voltou a subir sobre a mina da Braskem que está sob risco de colapso no bairro do Mutange, em Maceió. O ritmo de afundamento passou de 0,21cm por hora para 0,35 cm por hora. Técnicos do Ministério de Minas e Energia recomendam a continuidade do monitoramento constante na região. O grupo mantém contato com as autoridades locais para acompanhar a situação e prestar assessoramento técnico. O movimento nas últimas 24h foi de 8,6cm. Desde o dia 30, quando o monitoramento passou a ser informado pela Defesa Civil, o solo da mina no Mutange já afundou 2,16m.O órgão mantém o estado de Alerta e reforça que a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização técnica. Também é preciso respeitar o perímetro de interdição para embarcações na Lagoa Mundaú. O trecho em um raio de 1 km na lagoa Mundaú foi interditado para navegação na quarta-feira (6). Segundo a Superintendência Federal de Pesca e Aquicultura de Alagoas, não há prazo para o fim da proibição. Isso impede a pesca e os passeios de lancha, catamarãs e motos aquáticas na região. A movimentação do solo na área da mina é visível. Imagens obtidas por drone, nos dias 1º e 8 de dezembro, mostram o avanço contínuo da lagoa Mundaú no local. À medida que ocorre o afundamento, o trecho que antes era seco fica cada vez mais encharcado. A Defesa Civil faz voos diários na região.Técnicos afirmam que o peso da água não deve fazer a mina desmoronar, mas pode potencializar o problema.LEIA TAMBÉM:INFOGRÁFICO: Entenda o risco de colapso das minas da Braskem em MaceióCRONOLOGIA: Das rachaduras em imóveis ao colapso das minasAmpliação do monitoramento por risco em mina inclui novas escolasA mina com risco de colapso fica na área do antigo campo do CSA, no bairro do Muntage, e é uma das 35 que a Braskem mantinha na região para extração de sal-gema, minério utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC. A empresa afirma que "as áreas de serviço em torno da mina continuam isoladas, e o monitoramento é feito 24 horas por dia".Após cinco anos desde que um tremor de terra abriu rachaduras em casas e crateras nas ruas, mais de 14 mil imóveis foram desocupados nos bairros do Mutange, Bebedouro, Pinheiro, Bom Parto e Farol. Afetando cerca de 60 mil pessoas.Crateras surgiram nas ruas após tremor em 2018Derek Gustavo/G1Casas e prédios racharam e aberturas aumentaram com o passar dos diasWaldson Costa/G1Assista aos vídeos mais recentes do g1 ALVeja mais notícias da região no g1 AL