G1 nacional
Uma rua de Praia Grande está a quase 20 horas sem luz. Veja o que dizem as companhias que atendem a Baixada Santista. Um poste caiu na Rua Antônio Cândido da Silva, na Vila Sônia, em Praia Grande (SP)Arquivo PessoalAs rajadas de vento que chegaram a 151 km/h em Santos, no litoral de São Paulo, causaram queda de energia em diversos pontos da Baixada Santista. As companhias que atendem a região informaram ao g1, neste sábado (4), que equipes atuam nas ruas para reestabelecer a luz. ? Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp.As chuvas acompanhadas de rajadas de vento, na tarde desta sexta-feira (3) causaram diversos estragos. Árvores caíram, telhados voaram e o teto de um shopping em Praia Grande desabou. Além disso, um hospital de Guarujá precisou transferir pacientes após registrar um curto-circuito no transformador. Vídeo mostra estrutura de posto de combustíveis tombando durante ventania no litoral de SPUm morador do bairro Vila Sônia, em Praia Grande, contou que um poste caiu na Rua Antônio Cândido da Silva por volta das 16h desta sexta-feira (3), causando queda de energia no condomínio em que mora. Desta forma, os moradores estão a quase 20 horas sem energia elétrica. Para o comerciante Vitor Minelli, de 40 anos, trata-se de um "descaso" da concessionária CPFL. "No condomínio tem idoso e criança", enfatizou. Segundo apurado pelo g1, equipes da companhia chegaram ao local por volta das 9h deste sábado (4), mas até 11h30 o condomínio ainda estava sem energia.Leia tambémFogo atinge hospital e pacientes são transferidos durante tempestade no litoral de SP; VÍDEOPosto tomba, teto de shopping desaba e telhados voam com rajadas de vento de 151 km/h no litoral de SP; VÍDEOSCPFLEm nota, a CPFL Piratininga informou que equipes da distribuidora atuam desde sexta-feira nos reparos da rede elétrica que foi severamente danificada durante o forte temporal.Segundo a companhia, a maioria dos clientes já teve o fornecimento restabelecido e a previsão é que as ocorrências relativas ao temporal sejam concluídas ainda neste sábado. Questionada pelo g1, a concessionária não informou a quantidade de ocorrências registradas. "A rede de distribuição que atende a cidade foi bastante danificada por objetos como telhados, estruturas metálicas, galhos e queda de árvores, inadequadas para áreas urbanas e plantadas sob a rede elétrica. Por isso, os trabalhos são mais complexos e contam com a parceria da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros", disse, em nota. Ainda segundo a CPFL, o mais importante diante dessa situação é garantir a segurança de todos. "Assim, a CPFL alerta para que ninguém toque em fios partidos ou galhos de árvores que estejam caídos sobre a rede elétrica". Elektro A Elektro Neonergia atende algumas cidades da Baixada Santista. Em nota, a empresa informou que os municípios "já estão em condições normais, com casos pontuais sendo tratados na manhã deste sábado". Segundo a companhia, 97% dos clientes afetados pelo temporal na região já tiveram a energia reestabelecida. Além disso, o número de equipes foi intensificado principalmente em bairros de Guarujá, Itanhaém, Bertioga, Peruíbe e Mongaguá. A empresa também foi questionada sobre a quantidade de ocorrências registradas desde o temporal, mas não informou o número.Direitos do consumidorEm nota, o Procon-SP informou que os consumidores que tiveram o fornecimento de energia elétrica interrompido devem inicialmente entrar em contato diretamente com as concessionárias da região. "As concessionárias devem cumprir índices de qualidade estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), prestando serviço contínuo e eficiente", disse o Procon, em comunicado. No entanto, as companhias devem abater, automaticamente, o valor referente ao tempo em que o serviço ficou interrompido. "Esta redução deve ser informada na próxima fatura de forma clara e transparente, para que o consumidor possa conferir se esta obrigação foi cumprida". PrejuízosCaso os moradores percam produtos que precisam de refrigeração e estavam acondicionados na geladeira ou no freezer, eles podem solicitar o ressarcimento junto à concessionária. "Fotos da comida que estragou, nota fiscal dos produtos (se possuir), embalagem de remédio que perdeu a refrigeração e, por isso, não pode ser consumido etc., podem facilitar a comprovação dos danos", orientou o Proncon. Se a empresa se negar a efetuar o reembolso, o consumidor pode registrar reclamação junto ao Procon-SP. Para isso, porém, é necessário que haja algum tipo de comprovação. Em casos de eletrodomésticos e aparelhos eletroeletrônicos queimados em função da queda ou descarga de energia elétrica, o morador deve registrar o fato junto aos canais disponibilizados pela concessionária para atendimento (internet, telefone, pessoalmente etc.), no prazo de até 90 dias, especificando quais os equipamentos foram danificados. "A empresa deverá abrir processo específico de indenização. A concessionária terá 10 dias corridos para inspecionar o equipamento danificado (um dia para equipamento utilizado para acondicionamento de alimentos perecíveis ou medicamentos), 15 dias para apresentar, por escrito, resposta ao pedido e 20 dias para providenciar o ressarcimento". Em seguida, a empresa deve informar ao consumidor a data e o horário aproximado da inspeção ou disponibilização do equipamento. "Caso não ocorra essa vistoria, o prazo para resposta será de 15 dias, contados da data da solicitação do ressarcimento". Segundo o Procon, o consumidor não deve reparar o equipamento danificado. Ele pode fazer o conserto somente se houver autorização prévia e formal da concessionária. "Se o consumidor tiver dificuldade em registrar pedido de ressarcimento, ou em ser atendido nos prazos estabelecidos, pode procurar o órgão de defesa do consumidor de seu município ou o Poder Judiciário", diz a nota. VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos