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Política

Itamaraty confirma que o terror do Hamas matou 2 brasileiros e uma terceira brasileira está desaparecida

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Ranani Nidejelski Glazer e Bruna Valeanu, ambos de 24 anos, morreram após ataque em rave na Faixa de Gaza. Karla Stelzer Mendes, de 41 anos, segue desaparecida. Itamaraty confirma que o terror do Hamas matou 2 brasileiros e uma terceira brasileira está desaparecida

Jornal Nacional/ Reprodução

O governo confirmou as mortes de dois dos três brasileiros que estavam desaparecidos em Israel desde sábado (7). Eles estavam em uma festa have atacada pelo Hamas.

Na manhã desta terça-feira (10), o Itamaraty confirmou a morte de Ranani Nidejelski Glazer. Ele nasceu em Porto Alegre e completaria 24 anos na próxima sexta-feira (13). Tinha cidadania israelense e vivia no país há sete anos. Ranani prestou serviço militar e atualmente trabalhava como entregador.

O presidente Lula reproduziu em uma rede social a nota oficial de pesar do governo: "Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis".

No sábado (7), Ranani e outras centenas de pessoas participavam de uma festa de música eletrônica perto da Faixa de Gaza. Quando o ataque terrorista começou, ele e a namorada, Rafaela Treistman, conseguiram ir para um um abrigo antibombas.

"Cara eu juro que essa situação não tem como inventar. No meio da rave a gente parou em um bunker. Começou uma guerra em Israel. Pelo menos a gente está num bunker agora, seguro. Vamos esperar dar uma abaixada nisso", disse Ranani em um vídeo.

O bunker também foi atacado. No domingo (8), Rafaela contou ao Fantástico o horror que eles viveram. Ela conseguiu ser resgatada, mas Ranani estava desaparecido desde então.

"Eu lembro do Ranani me falando para não olhar, mas que tinha pessoas mortas em cima da gente, que a gente estava usando o corpo delas para não tomar tiro. E, de repente, o Ranani também saiu, foi mais para frente. Eu não lembro", contou Rafaela.

Um amigo que estava com eles contou como foram os últimos momentos da vida de Ranani.

"Eu estava no fundo do bunker, ele foi para frente, porque ele tentou proteger as pessoas, ele tentou ser um herói,. Ee é um herói, eu tenho certeza disso, ele é um herói", disse Rafael Zimerman, sobrevivente do ataque.

Nesta terça-feira (10), a namorada fez uma homenagem nas redes sociais.

"Sei que você ainda tinha muitos sonhos que queria realizar, e eu te juro que estaria com você em cada um deles. Você queria ser um DJ famoso no Brasil, queria que suas músicas fossem conhecidas".

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No início da tarde, o governo brasileiro confirmou mais uma morte. A carioca Bruna Valeanu tinha 24 anos e estava no mesmo festival de música perto da Faixa de Gaza. Bruna morava em Israel há oito anos com a mãe e uma irmã, e estudava comunicação e marketing. Em uma foto, ela aparece sorrindo, horas antes do ataque. Uma amiga contou que conversou com a Bruna quando a festa foi atacada.

"Mais ou menos umas 7h, ela me disse que estava bem. Me ligou no carro falando que estava tudo bem, e mais ou menos uma hora depois ela começou a me escrever que não sabia o que ia acontecer. Ela estava no meio do mato, em uma caravana meio que... Não entendi direito assim, ouvindo muitos tiros e com muitas pessoas feridas perto dela", contou a estudante Sharon Haddad.

Uma multidão compareceu ao funeral de Bruna, nesta terça, em Israel. A maioria não conhecia a brasileira, mas viu, em redes sociais, um chamado para que as pessoas fossem à cerimônia tradicional judaica porque Bruna não tinha muitos parentes no país.

A carioca Karla Stelzer Mendes, de 41 anos, continua desaparecida. Ela também estava no festival de música perto da Faixa de Gaza. Karla tem cidadania israelense e mora no país com o filho de 19 anos. Na hora dos ataques, Karla enviou uma mensagem de áudio para uma amiga:

"Eu estou aqui no meio da guerra, minha filha. Vieram os terroristas, jogaram bomba. A gente saiu correndo. Eu estou aqui no meio do mato com outras duas pessoas e o Gabriel, e com medo de ninguém vir matar a gente".

A amiga Patrícia falou sobre a dor da espera por notícias.

"É muito angustiante essa situação. A família dela está muito angustiada, a mãe dela, o filho, as nossas outras amigas também, que são também melhores amigas dela, amigas dela. Muitos amigos procurando, querendo saber notícia. Infelizmente, eu não tenho notícias para dar e é justo isso que a gente precisa, de notícias dela", contou Patrícia Hallak, amiga de Karla.

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