Repórteres são vendados para visitar abrigo secreto para mulheres vítimas de violência com risco iminente de morte
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Casa é comandada pela ONG Recomeçar, que atende mulheres em situação de vulnerabilidade. O Profissão Repórter desta terça mostra como é a rotina das mulheres acolhidas em abrigo. Repórteres são vendados para visitar abrigo secreto para mulheres vítimas de estuproO Profissão Repórter conversou com vítimas de violência sexual que encontraram acolhimento em um abrigo secreto no interior de São Paulo. É lá que mulheres e crianças encontram refúgio de uma rotina de violência, xingamentos e abusos. A casa é comandada pela ONG Recomeçar, no centro de Mogi das Cruzes, que atende mulheres em situação de vulnerabilidade e fica em uma localização protegida pelo anonimato. Os repórteres do Profissão Repórter foram vendados para acessar de carro a instituição, que fica afastada da sede. ""O sigilo é algo muito importante para nós, porque quem fica com o dia dia com os agressores procurando a mulher", explica Rosana Sant'ana Pierucetti, responsável pela ONG. "A gente tem cozinheira, tem pessoas que cuidam das roupas, tem as técnicas que ouvem a mulher conforme a necessidade delas. É o momento que elas estão realmente para refletir e se dedicar aos filhos", diz. Repórteres são vendados para visitar abrigo secreto para mulheres vítimas de estuproReprodução/TV GloboDe acordo com Rosana, 80% dos casos de vítimas de violência doméstica também envolvem estupro dentro do relacionamento"É como se a mulher tivesse essa obrigação de se submeter ao companheiro na relação sexual mesmo sem ter vontade", explica. A rotina de abusos interfere também no relacionamento com os filhos. É o caso de uma das mulheres entrevistadas pela reportagem."Quando a gente tem filho dentro de casa prefere ficar quieta, não ir para cima, para não refletir nos filhos", desabafa. "Tive um relacionamento de quatro anos com o pai do meu filho. Eu percebia que quando eu não cedia para ele, no outro dia ele descontava no nosso filho. Aí a noite era uma briga, uma discussão. Era um empurrão, era um tapa, era um xingamento. Se a gente acaba não cedendo acaba apanhando." Repórteres são vendados para visitar abrigo secreto para mulheres vítimas de estuproReprodução/TV GloboQuando a vítima procurou a polícia, denunciou que era agredida pelo marido, mas não contou que também era vítima de estupro. Segundo o relato, ela só se deu conta do abuso sexual após se mudar para o abrigo, onde vive com o filho há 3 meses. "Naquele momento não entendia que era uma chantagem "Tinha para mim na minha mente que era só para o prazer dele. Vim saber mesmo conversando com as meninas do acolhimento." No carro, no ônibus, em casa: Profissão Repórter mostra casos de estupro e subnotificação no BrasilApós escapar da violência doméstica, a mulher ainda descobriu uma gravidez de dois meses e decidiu interromper a gestação. No Brasil, o aborto é permitido por lei em casos de estupro. "Quero simplesmente cuidar do meu filho e viver minha vida...procurar um bom emprego e andar na rua de cabeça erguida sem ter medo de nada." Repórteres são vendados para visitar abrigo secreto para mulheres vítimas de estuproReprodução/TV GloboVeja a íntegra do programa abaixo:Edição de 23/04/2024Confira as últimas reportagens do Profissão Repórter abaixo: