Trechos da BR 428 em Petrolina e Santa Maria da Boa Vista são desocupados pelo MST
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A ocupação foi realizada pela Direção Regional do Vale São Francisco/MST Pernambuco e pelas famílias acampadas nas terras da Embrapa e Codevasf. Integrantes do MST ocupam BR 428 para reivindicar negociações com o governoDivulgaçãoIntegrantes do MST desocuparam na tarde desta sexta-feira (19), os trechos da BR-428, em Petrolina e em Santa Maria da Boa Vista, Sertão de Pernambuco. A ação se deu ao longo da madrugada e um dos principais motivos do manifesto, de acordo com os integrantes, é por não ter acontecido a ativação da SR 29 em Petrolina.Desde a ocupação de abril de 2023, a Direção Regional vem acompanhando com a situação de vulnerabilidade social das famílias acampadas e dialogando com as instituições públicas responsáveis - INCRA, MDA e Ouvidoria Agrária - para que os conflitos agrários fossem sanados.Leia tambémIntegrantes do MST ocupam área da Embrapa pela terceira vez em Petrolina, PEMesmo com as mesas de diálogo e negociações, segundo o MST, poucos foram os avanços para a concretização dos acordos firmados com o governo federal, para que as famílias desocupassem as áreas da Fazenda Embrapa, no ano passado.A situação de vulnerabilidade e o não cumprimento dos acordos firmados levaram as famílias a reocuparem a Embrapa e novas famílias ocupassem, no último dia 13, as terras da CODEVASF, geridas pela Embrapa, e que também estão improdutivas.Reivindicações do MST:A criação definitiva da Superintendência do INCRA Petrolina, para acelerar a efetivação de políticas públicas para a Reforma Agrária em nossa região.A desapropriação de terras improdutivas, ações da Assistência Social para garantir o acesso a direitos básicos e a criação de Assentamentos para assentar as famílias acampadas da nossa região.O acesso das famílias assentadas as políticas de incentivo para o desenvolvimento socioeconômico dos seus territórios por meio da produção de alimentos saudáveis, da agroindústria e da segurança hídrica.Desapropriação dos 500 hectares da Embrapa que foram reocupados e estão improdutivos há mais de 15 anos.Desapropriação dos 2.500 hectares da CODEVASF ocupados, que estão sob a gerência da Embrapa, e que também estão improdutivos.Desapropriação de 3.900 hectares do Pontal Norte, inserindo as famílias acampadas no processo de distribuição de terras dessa região.Vistorias de cinco áreas improdutivas de Lagoa Grande e Petrolina.Em nota, o Incra comunicou que "as demandas apresentadas pelo MST estão em análise, e sendo cumpridos atendendo os trâmites legais; e que, como já foi informado anteriormente, atualmente a autarquia está com seis processos de vistoria e avaliação abertos e já está em andamento para a criação de novos assentamentos". Em relação a reestruturação do órgão e sua reabertura , disse que, "enquanto Superintendência aqui na região, já existe uma decisão política do presidente da república, Luiz Inácio, bem como do ministro de Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira e do presidente do Incra, César Aldrighi, inclusive, o gestor da Unidade Avançada daqui, José Cláudio da Silva, encontra-se em reunião com o superintendente da autarquia no Estado e dois diretores do Incra nacional tratando sobre o assunto".Vídeos: mais assistidos do Sertão de PE