Dia Nacional da Doação de Órgãos: mais de mil pessoas aguardam na fila para transplante no Maranhão

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Dia Nacional da Doação de Órgãos: mais de mil pessoas aguardam na fila para transplante no Maranhão
Do número, 822 aguardam pela doação de córneas, 252 pelo transplante de rins e quatro pela doação de fígado, segundo a SES. Dia Nacional da Doação de Órgãos: mais de mil pessoas aguardam na fila para transplante no Maranhão

Divulgação/Hospital São Vicente de Paulo

O Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado nesta quarta-feira (27), chama atenção para a busca por doadores nos hospitais. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), 1.078 pessoas esperam na fila por um transplante no Maranhão.

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Do número, 822 aguardam pela doação de córneas, 252 pelo transplante de rins e quatro pela doação de fígado. Em 2023, foram realizados 151 transplantes no estado, sendo 131 de córneas e 20 de rins.

O Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), é o único do estado, na rede pública, credenciado pelo Ministério da Saúde para realizar cinco tipos de transplantes: coração, fígado, tecido ósseo, rim e córnea.

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Longa espera

A única forma de diminuir a fila de espera é a conscientização sobre a importância da doação de órgãos. A administradora Joilce Diniz espera por um transplante de rim há 12 anos. Desde então, ela passa 4 horas na hemodiálise, três dias por semana.

"As pessoas precisam saber que para serem doadoras de órgão, elas precisam informar a família. Através desse 'sim', algumas pessoas podem sair de máquinas de hemodiálise, de internações em hospitais, de poder voltar a ver. A nossa principal bandeira hoje é a informação", disse Joilce.

Já a enfermeira Luiza Nóvoa resolveu dizer "sim" e doou um dos rins pra salvar a vida de uma amiga. "Fiquei de frente com a oportunidade de resgatar alguém da fila, uma pessoa que eu amava muito, e não tinha a possibilidade de muita espera. Foi aí que eu resolvi dar essa oportunidade para ela da doação em vida", contou.

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Decisão final é da família

De acordo com a legislação brasileira, mesmo com a decisão da pessoa de doar os órgãos, em caso de morte, a palavra final é da família, ou seja, não é possível garantir efetivamente a vontade do doador. Sendo assim, o diálogo com a família e amigos é essencial para que o desejo seja respeitado.

A legislação – lei n° 9.434/2007, regulamentada pelo decreto n° 9.175/2017 – define que a família tem a decisão final, não tendo mais valor a informação de doador ou não doador de órgãos, registrada no documento de identidade.