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Casa desabou na manhã desta terça (27) na Rua Walter Fernandes, bairro Satel, em Epitaciolândia. Ninguém ficou ferido e moradores foram levados para abrigo em Epitaciolândia. Casa com pertences de moradores atingidos por enchente desaba no interior do AcreImagens gravadas na manhã desta terça-feira (27) mostram um momento de sufoco enfrentado pelos moradores do bairro Satel, em Epitaciolândia, interior do Acre. A residência fica na Rua Walter Fernandes, um dos pontos alagados na cidade. O desabamento foi provocado pela enchente que assola a região.LEIA TAMBÉM:Com subida do Rio Acre, hospital de Xapuri é esvaziado e pacientes levados para prédio de universidadeEnchente no Acre: Governo decreta emergência em 17 cidades por causa de enchentes de rios e igarapésEm meio à cheia histórica, ponte de Brasiléia é invadida pelas águas do Rio Acre; veja vídeoRio Acre sobe 14 centímetros em 15h e segue acima de 16 metros na capital; mais de 900 pessoas estão em abrigosEpitaciolândia é um dos 17 municípios em situação de emergência por conta da cheia dos rios e dos igarapés. O Acre enfrenta uma cheia histórica em 2024. Em todo o estado, mais de 11,5 mil pessoas estão fora de casa, dentre desabrigados e desalojados, segundo a última atualização publicada nesta terça (27). Ao menos 23 comunidades indígenas no interior do Acre também sofrem com os efeitos das enchentes.O vídeo, de pouco mais de seis minutos, começa com alguns moradores correndo em direção à casa. As imagens mostram parte dos eletrodomésticos e pertences na rua e calçada. Uma mulher, que estaria filmando, se assusta quando vê a lateral da habitação. A cena é de destruição. Parte da casa desabou e vários objetos, roupas, documentação e móveis estão dentro do rio. "Ajuda pessoal, ajuda!!. Olha aí, vai cair. Fernando cuidado. Duas televisão já foram", dizem os moradores no vídeo. Parte da casa desabou durante com pertences de família afetada pela enchente do Rio AcreArquivo pessoalMesmo com o risco de um novo desabamento, um rapaz se arrisca e vai até os entulhos tentar salvar algum pertence. Ele consegue pegar uma tv e é orientado a retirar uma gaveta que estaria com documentos pessoais. O g1 e a Rede Amazônica Acre apuraram com o prefeito Sérgio Lopes que a família foi levada para um abrigo da cidade. Ninguém ficou ferido.O Rio Acre em Epitaciolândia está em 15,18 metros. A cota de transbordo é 11,40 metros e a de alerta 9,80 metros. Dados divulgados pela prefeitura nesta terça (27) apontam que há 1.754 pessoas desabrigadas e mais de 2 mil pessoas desalojadas. Os bairros Satel, Liberdade, Beira Rio, José Assem e o Loteamento Bahia estão alagados. A prefeitura montou dez abrigos para instalar os moradores que tiveram as casas afetadas. Cheias no Acre: Brasiléia está isolada por via terrestreNeste ano, a enchente já provocou o isolamento da cidade por via terrestre em Brasiléia, já que a ponte que liga à cidade a Epitaciolândia, município vizinho, teve que ser interditada no último domingo (25), justamente por conta do risco de as águas invadirem a ponte. DecretoDezessete municípios do Acre estão em emergência, nesta terça-feira (27), por causa da cheia de rios e igarapés. O decreto abrange as cidades de Assis Brasil, Brasileia, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro, Porto Acre, Porto Walter, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira, Tarauacá, Xapuri e a capital, Rio Branco. A medida tem duração de 180 dias.Em Rio Branco, são cerca de mil pessoas desabrigadas e pelo menos 500 pessoas desalojadas somente na capital, conforme a Defesa Civil Municipal.Somente nos abrigos mantidos pela Prefeitura de Rio Branco, no Parque de Exposições e escolas, são mais de 900 pessoas. São 330 famílias, totalizando 950 pessoas, de acordo com levantamento feito na manhã desta terça.Acre decreta situação de emergência em 17 das 22 cidades acreanas por conta da cheia dos rios no estadog1O decreto reconhecendo da situação consta no Diário Oficial da União (DOU), de domingo (25). A medida também havia sido publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE).Entre as cidades mais críticas está Jordão, que fica no interior do estado. A prefeitura decretou calamidade, após 80% da zona urbana ficar alagada. O hospital foi invadido pelas águas e os pacientes precisaram ser levados para um prédio da secretaria de assistência social. O g1 reuniu imagens que mostram as áreas mais afetadas pela enchente.Reveja os telejornais do Acre