Diretor da PF diz que caso Marielle terá 'uma resposta final' no 1° trimestre de 2024
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Em entrevista à Rádio CBN, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, falou rapidamente sobre os trabalhos para apontar quem são os mandantes da morte da vereadora do Psol. Andrei Passos Rodrigues, novo diretor-geral da PFReprodução/TV GloboO diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, disse nesta terça-feira (9) que as investigações do caso Marielle serão concluídas no 1° trimestre de 2024.Segundo Rodrigues, os investigadores entregarão à Justiça Federal os nomes dos possíveis mandantes do crime. Em entrevista à Rádio CBN, o diretor da PF lembrou também do desafio que é concluir uma investigação complexa em pouco mais de um ano. "É importante dizer que estamos há um ano a frente de uma investigação de um crime que aconteceu há cinco anos, com a convicção de que ainda nesse primeiro trimestre a Polícia Federal dará uma resposta final do caso Marielle", confirmou o diretor Andrei Rodrigues.Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos no dia 14 de março, no Rio de JaneiroReprodução/TV GloboEm dezembro do ano passado, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já tinha dito que a morte da vereadora do Rio de Janeiro seria integralmente solucionada "em breve".Na ocasião, Dino fez a cobrança pela elucidação da morte de Marielle dirigindo-se ao diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues."Eu, no dia 2 de janeiro, disse que nós iríamos, ministra [das Mulheres] Cida [Gonçalves], elucidar definitivamente o caso Marielle Franco. E hoje, alguém pergunta: 'Bom, decorrido um ano...' As investigações avançaram", disse."É claro que eu não controlo o inquérito, não tenho a honra de ser policial. Mas o dr. Andrei [Rodrigues] está aqui. Eu quero reiterar e cravar. Não tenham dúvida, o caso Marielle em breve será integralmente elucidado.", afirmou Dino.Segundo o ministro, o assassinato da vereadora é um caso fundamental pelo simbolismo de defesa da participação de mulheres na política.Inicialmente, o crime era investigado pela Polícia Civil do RJ. Em fevereiro deste ano, Dino determinou à PF a abertura de um inquérito sobre o caso. O objetivo, segundo o governo, era ampliar a colaboração nas investigações.5 anos do crimeEm 2023, a morte de Marielle completou 5 anos. Até hoje, ninguém esclareceu quem mandou matar Marielle e qual a motivação da execução.Apenas a primeira fase do inquérito foi concluída pela Polícia Civil e o Ministério Público: a que prendeu e levou ao banco de réus o policial militar reformado Ronnie Lessa — acusado de ter feito os disparos — e o ex-PM Élcio de Queiroz — que estaria dirigindo o Cobalt prata que perseguiu as vítimas. Ambos negam participação no crime.Os dois estão presos em penitenciárias federais de segurança máxima e serão julgados pelo Tribunal do Júri. O julgamento ainda não tem data marcada.Lessa já foi condenado por outros crimes: comércio e tráfico internacional de armas, obstrução das investigações e destruição de provas.