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Representantes do audiovisual, teatro, música, dança, e outras áreas se reuniram para pedir reunião com o prefeito Tião Bocalom, que designou o presidente da Fundação Garibaldi Brasil para atender a categoria na tarde desta segunda-feira (18), mas categoria não aceitou. O secretário da Casa Civil, Valtim José da Silva, deve atender artistas. Protesto reuniu artistas de diversas áreas, que ainda aguardam para ser ouvidos pela prefeituraLucas Maná/Arquivo pessoalRepresentantes do audiovisual, teatro, música, dança, e outras áreas se reuniram para protestar em frente à prefeitura de Rio Branco na manhã desta segunda-feira (18) e reivindicar o pagamento de projetos aprovados no edital da Lei Paulo Gustavo e levar as demandas ao prefeito Tião Bocalom.O ato foi convocado pelo Conselho Municipal de Políticas Culturais da capital acreana e contou com apoio de associações e outras entidades de classe. Os manifestantes começaram a se concentrar em frente à prefeitura por volta das 8h30 para estender cartazes e fazer discursos.Leia maisMovimento cultural volta a ocupar Câmara de Rio Branco e cobra transparência sobre a Lei Paulo GustavoContrato de R$ 200 mil da FGB com restaurante para execução da Lei Paulo Gustavo é alvo de denúncia no TCEAcre foi primeiro estado a ter 100% de adesão à Lei Aldir, diz Ministério da CulturaA cantora Camila Cabeça, que participou do protesto, afirma que o grupo não conseguiu falar com o prefeito, e que a gestão municipal indicou o presidente da Fundação Garibaldi Brasil (FGB), Anderson Nascimento, para falar do assunto. A categoria rejeitou a proposta, segundo Camila, por conta de desentendimentos com Nascimento. Por fim, foi definido que o secretário da Casa Civil, Valtim José da Silva, vai se reunir com os agentes culturais nesta terça-feira (19)."Acontece que o movimento decidiu, unanimemente em votação, que a gente não vai ser recebido pelo Anderson Nascimento porque não temos mais diálogo com ele. O movimento não quer ter diálogo com alguém que criminalizou a gente na fala dele dentro da Câmara dos Vereadores. Criminalizou o movimento, nos chamou de vagabundos, então por que a gente vai sentar à mesa com alguém que não cuidou de nos escutar? Então, com esse impasse, a gente ficou com o secretário da Casa Civil, para amanhã [19] nos receber às duas da tarde em comissão", diz.Ainda segundo Camila, as afirmações de Nascimento às quais ela se refere foram proferidas durante audiência pública no parlamento municipal em outubro, e que também voltou a repeti-las posteriormente. À época, estava em debate um contrato de R$ 200 mil da FGB com um restaurante para execução da Lei Paulo Gustavo. A sessão terminou em confusão, com o vocalista do Los Porongas, Diogo Soares levando um mata-leão de um segurança da Casa.O g1 tentou contato com a assessoria de imprensa da prefeitura de Rio Branco e aguarda retorno.Conforme a artista, além do pedido para que sejam pagos os recursos da Lei Paulo Gustavo, a categoria também alerta para cortes do orçamento da cultura municipal, que retiraria R$ 1,7 milhão, o que deixaria apenas R$ 300 mil para o Fundo Municipal de Cultura. Os agentes culturais consideram esse corte um retrocesso, segundo Camila."Nossas metas são duas: que a prefeitura pague imediatamente os recursos da Lei Paulo Gustavo, porque os processos estão pré-prontos. E também que vete o corte do orçamento do Sistema Municipal de Cultura, que é o corte de R$ 1,7 milhão na cultura e deixar só R$ 300 mil para o Fundo Municipal de Cultura, o que é um absurdo. É o desmonte de uma política de 20 anos. O ato foi muito bonito, e a gente sentiu a presença das pessoas", acrescenta.VÍDEOS: g1