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Política

Mais de 300 migrantes estão retidos no aeroporto de Guarulhos

Segundo Defensoria Pública da União, maioria é vietnamita; maioria solicitou refúgio para ingressar no Brasil.


Foto: Reprodução internet
Segundo Defensoria Pública da União, maioria é vietnamita; maioria solicitou refúgio para ingressar no Brasil. Um grupo de mais de 300 migrantes está retido na área restrita do terminal 3 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Segundo a Defensoria Pública da União, que acompanha o caso, a maioria é do Vietnã. A Polícia Federal não confirma a nacionalidade das pessoas.

Eles não têm visto, então não podem entrar no país. A maior parte deles manifestou intenção de solicitar refúgio. Precisam aguardar o processo, que envolve várias etapas, para serem liberados.

O Brasil oferece refúgio para cidadãos de outros países que sofram perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas. E também se estiverem sujeitos a grave e generalizada violação de direitos humanos.

Só no sábado e no domingo, chegaram 189 migrantes. Na segunda, foram 89. Em junho, houve um fluxo semelhante, mas em menor escala.

A Polícia Federal diz que a maioria das pessoas do grupo partiram da Europa e teriam como destino outro país na América do Sul. Mas ficam no Brasil, onde solicitam refúgio.

Autoridades não descartam que o fluxo tenha relação com possível contrabando de migrantes.

O Ministério da Justiça diz que está acompanhando a situação e que tem ações contínuas de enfrentamento e prevenção ao tráfico de pessoas e ao contrabando de migrantes.

A Defensoria Pública da União foi acionada pela concessionária que administra o aeroporto e enviou nesta terça (5) uma recomendação para o Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), para a Polícia Federal, para a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e gestores de companhias aéreas na qual pede admissão excepcional imediata e auxílio material aos migrantes.

No documento, o órgão relata que há famílias com crianças dormindo no chão da área dos portões de embarque, pessoas sem acesso a banho e menores desacompanhados.

A Defensoria recomenda a admissão excepcional no país e que seja criada uma força-tarefa para que os pedidos de refúgio sejam processados mais rapidamente.

A Polícia Federal informa que reforçou o efetivo para acelerar os atendimentos e que tem trabalhado em regime de força-tarefa.

As solicitações de refúgio feitas no aeroporto de Guarulhos têm crescido. Foram 2.760 no ano passado. Neste ano, até novembro, foram 3.152. Cidadãos do Nepal, Vietnã e Índia lideram o ranking.

O caso lembra a situação dos afegãos no aeroporto de Guarulhos. A diferença é que os afegãos têm direito a visto de acolhida humanitária desde que o Talibã voltou ao poder, em 2021. Os vietnamitas chegam sem visto e precisam passar pelos trâmites para ingressar no Brasil.

A GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto de Guarulhos, diz que informações devem ser obtidas com a Polícia Federal e com a prefeitura de Guarulhos.

G1 nacional

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