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Política

Atividade em colégio usa palha de aço para representar cabelos afro no Dia da Consciência Negra

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Caso aconteceu no Colégio Ágape, em Goiana, na Zona da Mata Norte. Escola particular publicou nota se desculpando. Atividade de escola particular em Goiana associou palha de aço a cabelo crespo

Reprodução/WhatsApp

Uma escola particular localizada em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, utilizou palha de aço para representar cabelos afro, no Dia da Consciência Negra, celebrado na segunda-feira (20). Depois da repercussão dos fatos, o Colégio Ágape, onde aconteceu a atividade de cunho racista, se desculpou.

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Uma imagem que circula nas redes sociais mostra uma criança com a farda da escola sentada numa carteira, diante de um papel com um desenho.

Na imagem, há o contorno de um boneco pintado com tinta preta e, nos cabelos, tufos de palha de aço, num papel em que estão escritas as frases "minha obra de arte" e "consciência negra". Outra foto mostra rolos do produto que estariam separados para a atividade.

Nas redes sociais, a atividade foi criticada. Um internauta disse, na rede social X (antigo Twitter), que fez uma denúncia sobre o caso "aos órgãos competentes de educação".

"Em Goiana/PE, a escola fundamentalista cristã e cheia de trabalhadores racistas mostrou a sua cara e enviou para as criancinhas esta atividade preconceituosa para o Dia da Consciência Negra", disse.

Na terça-feira (21), um dia depois da aplicação da atividade, o Colégio Ágape publicou uma nota no Instagram pedindo desculpas e dizendo que a atividade foi "um ato isolado, praticado em uma atividade extracurricular que infelizmente as profissionais envolvidas tiveram uma ação totalmente contrária à nossa política de ensino".

A escola disse, também, que "todas as medidas necessárias estão sendo tomadas", sem citar quais são essas medidas, e que "jamais corrobora com qualquer forma de discriminação, de raça, sexo, religião ou ideologia e que repudia toda e qualquer ação neste sentido".

O g1 tentou contato com a escola, mas não obteve retorno. A reportagem também entrou em contato com a Polícia Civil e com a Secretaria Estadual de Educação e Esportes (SEE), que é responsável por fiscalizar a rede privada, mas também não teve resposta.

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