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Política

Em audiência de custódia em SP, brasileiros presos por suspeita de ligação com o Hezbollah negam planejar atos: 'Não sou terrorista'

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As investigações apontam que os brasileiros supostamente envolvidos com o Hezbollah já estavam recrutando mais brasileiros para finalizar planos de atentados terroristas. Após a audiência, eles seguiram em prisão temporária determinada pela 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte. Alvo de operação contra terrorismo em audiência de custódia

Justiça Federal

Dois presos por suspeita de planejar atos terroristas no Brasil passaram por audiência de custódia nesta sexta-feira (10), em São Paulo. Lucas Passos Lima, de 35 anos, e Jean Carlos de Souza, de 38 anos, negaram ligação com o grupo terrorista.

Lucas foi o primeiro a ser preso pela Operação Trapiche, da Polícia Federal. Ele recebeu voz de prisão na terça-feira (7), no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, quando voltava do Líbano. As investigações apontam também que os brasileiros supostamente envolvidos com o Hezbollah já estavam recrutando mais brasileiros para finalizar planos de atentados terroristas.

Ele disse que mora em Brasília, trabalha com regularização de imóveis e também é representante comercial. Há sete anos, foi preso por porte ilegal de arma. "Você sair de um lugar para fazer parte de um grupo em guerra, você sair da sua paz para isso?", questionou.

O segundo a ser ouvido foi Jean Carlos, que vive em Joinville, Santa Catarina. Afirmou que viaja com frequência porque trabalha com captação de negócios e sempre é parado pela Polícia Federal, mas nunca por algo como suposto envolvimento com grupos terroristas.

"Eu acho absurdo isso. Falar: 'Jean, você é participante de um Hammas, Hezbollah, não sei como estão falando isso'. Estou preso, eu só queria um pouco mais de respeito em relação a isso. Não sou. Se chegar na minha família, eu não sou terrorista", afirmou.

O advogado dos presos também se manifestou e disse que trata-se de um "caso absurdo", "Sem base qualquer". É mais uma coisa para envergonhar a Justiça brasileira", disse.

Durante a audiência, as algemas foram mantidas porque o mandado de prisão menciona indícios de que os custodiados integram organização terrorista internacional. Após a audiência, eles seguiram em prisão temporária determinada pela 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte.

Militantes do Hezbollah durante funeral em 22 de outubro Majadel, no Líbano, de combatente morto em bombardeio de Israel.

Hassan Ammar/AP

G1 nacional

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