Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Política

Após 7 meses internado, empresário de Sorocaba recebe transplante de coração na véspera do aniversário

.


Cirurgia de Eric Moreno ocorreu na quinta-feira (26) e, segundo a esposa, Camila Valério, foi um sucesso. No dia seguinte, o empresário de Sorocaba (SP) completou 48 anos. Cirurgia de Eric foi feita na quinta-feira (26), véspera do aniversário de 48 anos

Arquivo pessoal

Um empresário de Sorocaba (SP) que estava internado há sete meses no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP (InCor), em São Paulo, conseguiu o transplante do coração. A cirurgia foi feita em uma data especial: na véspera do aniversário dele.

Eric Moreno foi internado após um problema cardíaco que o levou à necessidade de fazer um transplante. No InCor, ele era o primeiro na lista do hospital para receber o órgão. A cirurgia do empresário ocorreu na quinta-feira (26) e, segundo a esposa, Camila Valério, o procedimento não teve intercorrências.

Empresário de Sorocaba recebe transplante de coração na véspera do aniversário

No dia seguinte, o empresário completou 48 anos. À TV TEM, a esposa conta que recebeu uma ligação do hospital e que, inicialmente, pensou que o quadro clínico do marido tivesse piorado. Ao chegar no local, recebeu a notícia que tanto esperava.

"Foi uma emoção, eu não tinha chorado até o momento, porque eu falei para ele que ia chorar no dia que ele fizesse o transplante, porque eu ia chorar de alegria, não de tristeza. Foi muita emoção, um momento mágico, de muita alegria [...] Ele ganhou o maior presente da vida dele, que é esse coração, essa chance de viver novamente", relata.

De acordo com Camila, a decisão de levar o marido para São Paulo partiu dela, em busca de uma segunda opinião para saber se Eric tinha ou não chances de fazer transplante. Ela largou a profissão de enfermeira para cuidar do empresário.

A enfermeira aproveitou para agradecer à família do doador. "Eu sei que é um momento triste para eles, mas é um momento de alegria para nós. Gostaria de agradecer por eles terem dado essa oportunidade de poder reviver, de ter uma nova chance de vida, de poder realizar seus sonhos, de ser feliz", diz.

Camila fez uma campanha nas redes sociais para incentivar a doação de órgãos

Arquivo pessoal

Agora, Eric e a esposa iniciam uma "nova batalha", como a esposa define o pós-transplante. O empresário deve ficar receber alta em 30 dias.

Pelas redes sociais, Camila lançou um movimento a favor da doação, tema que tem ganhado espaço em debates sobre o assunto.

Segundo o Sistema Nacional de Transplantes, entre janeiro e agosto, 262 transplantes de coração foram feitos no Brasil, incluindo o apresentador Fausto Silva, que também passou pelo procedimento.

A fila do transplante segue critérios para a definição da doação. O primeiro é a gravidade do paciente.

55 mil pessoas esperam por um órgão no país

A decisão de doar órgãos é da família de quem morreu. No entanto, é importante que a pessoa manifeste o desejo de ser doadora para que isso seja reforçado e vire realidade. O número de famílias que não autorizam a doação de órgãos ainda é alto.

A legislação – lei n° 9.434/2007, regulamentada pelo decreto n° 9.175/2017 – define que a família tem a decisão final, não tendo mais valor a informação de doador ou não doador de órgãos, registrada no documento de identidade. Entenda a legislação aqui.

Quando aparece uma oportunidade de fazer o transplante, todas as etapas precisam ser seguidas com rigor. Assim que o coração é retirado do corpo do doador, um cronômetro é disparado: em até 4 horas, ele precisa estar pulsando no corpo do receptor. É esse o tempo máximo durante o qual o órgão consegue manter suas atividades fora do corpo humano.

LEIA TAMBÉM:

Como funciona um transplante de coração?

Apresentador Fausto Silva passou pelo mesmo procedimento

Veja as etapas do transplante de coração

Arte/g1

Em que casos o transplante é indicado?

"O transplante de coração é reservado para quadros graves, quando não há mais terapia suficiente para resolver o problema", afirma Samuel Padovani Steffen, cirurgião cardiovascular da Rede D'Or.

Podem ser problemas de insuficiência cardíaca congênitos (de nascimento) ou adquiridos ao longo da vida.

O médico explica que, no Brasil, a grande maioria dos pacientes com indicação de transplante tem miocardiopatia dilatada idiopática: o coração cresce e deixa de conseguir bombear sangue em quantidade suficiente para o organismo inteiro.

"Outra causa frequente é a doença isquêmica do coração [quando o fluxo de sangue nas artérias é obstruído por placas de gordura]", diz.

Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí

VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

G1 nacional

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!