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Situação da escola Licio Solheiro preocupa comunidade em Brejo Grande do Araguaia, no sudeste do estado. Morcegos estão em escola em meio a aulas no ParáTV Liberal/ReproduçãoMais de trezentos estudantes são obrigados a conviver com morcegos, sem o mínimo de conforto, em uma escola pública estadual em Brejo Grande do Araguaia, no sudeste do Pará. A situação da escola Licio Solheiro já tem mais de quatro décadas e tem colocado em risco a educação.A lista de problemas é grande. A estudante Tatiana Araújo afirma que as salas de aula são quentes, e quando chove molha tudo. Ela mora na zona rural e todos os dias passa quatro horas no ônibus para chegar à escola. "Saio 9h30 para chegar às 13h. Mesmo que arrume as estradas, os ônibus quebram e ficamos alguns dias sem estudar"."Na parte que não estão usando está abandonado, tem morcegos, é bem feio. Um dia está quente e a gente não consegue se concentrar direito. Os ventiladores não funcionam e as carteiras estão quebradas, praticamente nada presta". De acordo com os moradores, a escola não passa por reformar há mais de dez anos. Parte do muro desabou e foi necessário improvisar com pedaços de madeira. Ainda assim, a estrutura aparenta fragilidade. Estudantes convivem com morcegos, sujeira e estrutura precária em escola pública no interior do ParáTV Liberal/ReproduçãoNo local, onde era para funcionar um laboratório de informática está cheio de entulhos, sujeita e risco iminente de contaminação por morcegos. O forro não existe mais e no chão as fezes de animais se acumulam com o tempo. "É humilhante. A primeira coisa quando chego na minha sala é ter que me movimentar bastante para deixar minha carteira reta, porque o chão da sala é só buraco", conta o estudante Álvaro Gabriel. "Onde eu me sento a telha está quebrada. A parede está toda feia. Dá vergonha. Parece que a qualquer momento um acidente pode acontecer".Presidente do Sindicato dos Professores na região, Lourival Santana, explica que, em 2013, foram trocados os telhados, mas ficou a promessa de reconstrução ou reforma na escola. "Não retornaram e a escola está caindo novamente, inclusive há poucos dias veio um representante do governo, mas só fez promessas. Nossa preocupação é que continue isso e a escola fique à mercê, com risco de desabar".A Secretaria de Estado de Educação disse, em nota, que uma equipe de engenharia já fez levantamento das necessidades estruturais da unidade e que o serviço consta no cronograma de obras emergenciais. No entanto, não informou prazos.VÍDEOS: veja todas as notícias do ParáLeia as principais notícias do estado no g1 Pará