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Política

Investigados usam 'drone humano' para espionar rivais em Porto Alegre, diz polícia

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Membros dos grupos criminosos conseguem se infiltrar em territórios rivais e filmam a área, em tempo real. Estratégia era utilizada por quadrilha alvo de operação nesta terça-feira (24). Operação no RS prende 49 pessoas; grupo é suspeito de envolvimento em morte de irmãos

A Polícia Civil descobriu um método usado por integrantes do crime organizado para explorar os territórios rivais em Porto Alegre: o "drone humano", ou seja, um integrante da facção que consegue entrar na área dominada por outros grupos criminosos, gravando e transmitindo em tempo real para que a quadrilha consiga monitorar e conhecer os caminhos e vielas. Saiba mais abaixo.

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A "estratégia" era usado por uma quadrilha envolvida em disputas motivadas por tráfico de drogas e com assassinatos de inocentes na Capital, nesta terça-feira (24). Quarenta e nove pessoas foram presas no RS e em SC.

Segundo a polícia, esse recurso é usado em incursões para eliminar rivais e tomar pontos de venda de droga.

A tática chamou a atenção das equipes de investigação, segundo o diretor do Departamento de Homicídios da Capital, delegado Mario Souza.

"Isso aí de certa forma, é uma inteligência do crime organizado, pq o crime organizado é criativo e está sempre se reinventando. Eles usam também os drones normais, os equipamentos, e nós encontramos nessa investigação, a comprovação, deles usaram 'drones humanos'".

Integrante de grupo criminoso descreve e mostra as territórios rivais em gravação, tática chamada de "drone humano", segundo a Polícia

Reprodução/RBS TV

Arriscando a vida

Na gravação, o homem chega a mencionar que está arriscando sua vida ao entrar no território inimigo.

"O cara dobra a esquerda no beco no corredor aqui. Por aqui, ó. Aqui, é tri sereno na madrugada, não vem ninguém. Olha, cupincha, ó, agora vai chegar aqui na ponta da escada que tem que subir. Agora, é a escadaria não é mais pedra, tá ligado?", descreve um integrante da facção em um vídeo obtido na investigação que mirou a quadrilha responsável por ataques no bairro Cascata, na Capital.

Além de mostrar as rotas de fuga, ele também aponta os locais onde ficam os alvos. "Tu entra a primeira esquerda, vai reto. O morrinho é lá em cima, eles ficam no morro lá em cima", diz em outro trecho.

Com as informações e imagens gravadas pelo "drone humano", os criminosos planejam ações, diz o delegado. "Isso ia para as avaliações deles de como agir naquele território, como causar que aquele assassinato", diz o delegado.

Polícia apreendeu armas e drogas durante operação policial em Porto Alegre

Reprodução/RBS TV

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