Eleições na Argentina: entenda por que regras facilitam vitória no 1º turno
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Desde que o sistema atual passou a valer, em 1995, país já teve sete disputas presidenciais, e em apenas uma o vencedor foi escolhido em uma votação no segundo turno. Imagem de 10 de dezembro de 2019 mostra Alberto Fernández, Mauricio Macri cumprimentando Cristina Kirchner e Sergio MassaAgustin Marcarian/ReutersAs regras das eleições na Argentina foram estabelecidas em uma reforma constitucional de 1994. De lá para cá, houve sete eleições presidenciais, e em apenas uma houve votação no segundo turno.A única vez que o presidente foi escolhido em uma votação de segundo turno foi em 2015, quando Maurício Macri, que havia ficado atrás de Daniel Scioli no primeiro turno, saiu vencedor.O caso de 2003 foi diferente dos outros anos. Os candidatos mais bem votados no primeiro turno daquele ano foram:Carlos Menem, com 24% eNestor Kirchner, com 22,24%.Os dois deveriam se enfrentar no segundo turno, mas Menem desistiu do pleito. Assim, Nestor Kirchner tornou-se presidente porque era o único candidato que poderia vencer (ele teve pouco mais de 22% dos votos no primeiro turno).Há um motivo pelo qual apenas duas de sete eleições presidenciais na Argentina foram para o segundo turno: é possível ser vencedor já no primeiro turno mesmo sem a maioria absoluta dos votos, como é no Brasil.Em 1994 foi determinado que há duas possibilidades de vitória em primeiro turno. Isso ocorre se:O candidato mais bem votado tiver 45% dos votos ou mais ou;O candidato mais bem votado tiver mais de 40% dos votos e, ao mesmo tempo, 10 pontos percentuais de vantagem sobre o segundo melhor candidato.Se as regras eleitorais da Argentina fossem iguais às do Brasil, onde só há vitória em primeiro turno se o candidato tiver 50% dos votos mais um, teria havido segundo turno em quatro eleições (1995, 1999, 2007 e 2019).Leia também:Negacionismo, pedido de desculpas, 'gatinho mimoso': como foi 1º debate entre candidatos na ArgentinaPor que 'carajo', palavra usada com frequência por Javier Milei, é menos pesada na Argentina do que no BrasilApenas uma pessoa teve mais de 50% dos votos no primeiro turno: Cristina Kirchner, viúva de Nestor Kirchner, em 2011.Eleições na Argentina: saiba quem são os três candidatos com chances de serem eleitos