Namorada de Gritzbach era amiga de companheira de suposto mandante

São Paulo — A força-tarefa que investiga a morte do inimigo do Primeiro Comando da Capital (PCC) Vinícius Gritzbach tenta entender a relação de amizade entre a namorada dele, Maria Helena Paiva Antunes, e uma suposta companheira de um dos principais suspeitos do crime, o traficante Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como Cigarreiro e Bill.

Foto: Metrópoles

Foto: Metrópoles

São Paulo — A força-tarefa que investiga a morte do inimigo do Primeiro Comando da Capital (PCC) Vinícius Gritzbach tenta entender a relação de amizade entre a namorada dele, Maria Helena Paiva Antunes, e uma suposta companheira de um dos principais suspeitos do crime, o traficante Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como Cigarreiro e Bill.

Maria Helena estava com Gritzbach no momento em que ele foi assassinado com tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Os dois voltavam de uma viagem a passeio a Maceió, acompanhados de um segurança.

10 imagensGritzbach chegou a ser preso, mas acabou liberadoSegundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCCO delator do PCC foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na BahiaEmpresário, preso sob suspeita de mandar matar integrantes do PCC, foi solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ)Corpo de rival do PCC executado no aeroporto1 de 10

Antônio Vinícius Lopes Gritzbach voltava de uma viagem com a namorada quando foi executado na tarde de 8 de novembro, na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo

Câmera Record/Reprodução2 de 10

Gritzbach chegou a ser preso, mas acabou liberado

TV Band/Reprodução3 de 10

Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC

Reprodução/TV Band4 de 10

O delator do PCC foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia

Reprodução/TV Band5 de 10

Empresário, preso sob suspeita de mandar matar integrantes do PCC, foi solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Divulgação6 de 10

Corpo de rival do PCC executado no aeroporto

Leonardo Amaro/ Metrópoles7 de 10

Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

Leonardo Amaro/ Metrópoles8 de 10

Delator do PCC foi morto no Aeroporto de Guarulhos

Reprodução9 de 10

Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

Reprodução10 de 10

Reprodução

De acordo com as investigações, a namorada de Gritzbach e “Yaya”, conversavam frequentemente via WhatsApp. Ambas são modelos e influencers.

No Instagram, rede em que possui cerca de 280 mil seguidores, Yaya exibe fotos com artigos de luxo e em viagens internacionais. A mulher possui uma marca de roupas. Em diversas postagens, Maria Helena aparece fazendo propaganda dos produtos da amiga.

Em agosto, dois meses antes do assassinato, Maria Helena chegou a fazer uma homenagem a ao namorado e à melhor amiga.

“São Paulo me trouxe 2 presentes, que são amores da minha vida e que eu sou apaixonada. Um [dos presentes] é a minha melhor amiga, que é a Yasmin […] Também me trouxe o meu namorado, a gente está junto vai fazer 1 ano e 1 mês. [Ele] também é o amor da minha vida, sou muito feliz e grata a Deus por isso”, escreveu.

Não há informações sobre quando e como ela teria conhecido Cigarreiro. A mulher ainda não foi ouvida pela Polícia Civil.

Cigarreiro

Segundo autoridades ligadas à investigação, Cigarreiro seria um dos principais traficantes da facção em São Paulo e teria interlocução inclusive com facções cariocas, como Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comando Puro (TCP), rivais do PCC.

"Ele entra e sai no Rio de Janeiro quando quiser. Vende droga para quem quiser no Rio, tanto CV quanto TCP", afirma um integrante da força-tarefa. “Gritzbach morria de medo dele”, acrescenta.

Cigarreiro não possui mandados de prisão em aberto, portanto não é oficialmente procurado pela polícia.

Leia também

O suspeito pertenceria ao núcleo do PCC ligado a Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, morto a tiros em dezembro de 2021 e à empresa de ônibus UpBus, usada para lavar dinheiro.

Vinícius Gritzbach era apontado pela facção como o mandante do crime. Ele havia ficado responsável por investir R$ 100 milhões do PCC em criptomoedas, mas teria desviado o dinheiro e passou a ser cobrado por Cara Preta.

Após o homicídio, Gritzbach foi sequestrado por integrantes do PCC e levado a um centro de treinamento pertencente a Danilo Lima de Oliveira, o Tripa, agente de futebol ligado à facção.

Cigarreiro teria participado, em 2022, do sequestro e do julgamento de Gritzbach, assim como Cláudio Marcos de Almeida, o Django; Rafael Maeda, o Japa; e Diego dos Santos Amaral, o Didi; sob a tutela de Silvio Luiz Ferreira, o Cebola, apontado como chefe da célula do PCC na UpBus.