Caso Djidja: polícia revela quem apresentou a cetamina à família

A cada dia que passa da investigação da morte suspeita de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, novas informações vão aparecendo.

Foto: Purepeople

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A cada dia que passa da investigação da morte suspeita de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, novas informações vão aparecendo. E a notícia da vez foi que o responsável por apresentar a cetamina para a família da empresária foi o próprio irmão, Ademar, que está preso desde o fim do mês passado.

O delegado Cícero Túlio, responsável pelo caso, conversou com o G1 e contou que o rapaz conheceu a medicação, usada pela seita Pai, Mãe, Vida, durante um tratamento contra dependência química que fez em Londres, na Inglaterra.

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Segundo ele, os familiares de Djidja já tinham contato com outros entorpecentes antes de Ademar viajar. Ao retornar para Manaus, ele teve contato com um casal que teria lhe apresentado a cetamina em pó.

“A partir de então, ele e seus familiares começaram a fazer uma espécie de experimentação para descobrir qual seria a melhor forma de utilização [da cetamina], visando render mais aplicações e consumo. Foi assim que chegaram à forma de aplicação subcutânea, que permite a injeção do medicamento diretamente no tecido que fica abaixo da camada superficial da pele e acima do tecido muscular", detalhou Cícero Túlio, em conversa com o portal de notícias.

Djidja Cardoso, mãe e irmão posam juntos - Metrópoles Djidja Cardoso, mãe e irmão

"Controle seus poderes", diz mãe de Djidja Cardoso ao filho Instagram/Reprodução

Djidja Cardoso, mãe e irmão posam dentro de um rio - Metrópoles Djidja Cardoso, mãe e irmão

Mãe mostra Djidja Cardoso sob efeito de cetamina e pedindo mais Instagram/Reprodução

Djidja Cardoso, a mãe e o irmão posam juntos e sorridentes - Metrópoles Djidja Cardoso, a mãe e o irmão

Djidja Cardoso, a mãe e o irmão posam juntos e sorridentes Instagram/Reprodução

Djidja Cardoso posa abraçada com a mãe e o irmão - Metrópoles Djidja Cardoso, a mãe e o irmão

Djidja Cardoso posa abraçada com a mãe e o irmão Instagram/Reprodução

DJIDJA

Arquivo Pessoal

Montagem colorida de Djidja Cardoso e família - Metrópoles Djidja Cardoso e família

Áudios: primo de Djidja acusa família de ter drogado e matado avó Reprodução/Instagram

Djidja Cardoso posa a mãe e o irmão - Metrópoles Djidja Cardoso, a mãe e o irmão

"São doentes", diz defesa da mãe e do irmão de Djidja Cardoso Instagram/Reprodução

Mãe e irmão da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso (1)

Mãe e irmão de Djidja Cardoso são presos em Manaus Reprodução

Foto colorida de Ademar Farias Cardoso Neto, de 29 anos, irmão da ex-sinhazinha do boi-bumbá Garantido, Djidja Cardoso - Metrópoles irmao djidja2

Ademar Farias Cardoso Neto, de 29 anos, irmão da ex-sinhazinha do boi-bumbá Garantido, Djidja Cardoso Reprodução

Ademar Cardoso e Djidja Cardoso

Reprodução/ Instagram

Djidja Cardoso posa nos bastidores do Festival de Parintins - Metrópoles Djidja Cardoso

Prima de Djidja detalha "ritual da cura" em morte da avó Instagram/Reprodução

Djidja Cardoso posa dando um beijo no Boi Garantido - Metrópoles Djidja Cardoso

Empresário suspeito de vender cetamina à família de Djidja Cardoso se entrega Instagram/Reprodução

Djidja Cardoso posa de abadá durante o Carnaval - Metrópoles Djidja Cardoso

Djidja Cardoso foi encontrada sem vida na casa de sua família, na semana passada Instagram/Reprodução

Djidja Cardoso faz selfie no espelho - Metrópoles Djidja Cardoso

Djidja Cardoso faz selfie no espelho Instagram/Reprodução

Djidja Cardoso, a sinhazinha do Boi Garantido é clicada durante uma de suas apresentações - Metrópoles Djidja Cardoso, a sinhazinha do Boi Garantido

Saiba mais sobre Djidja, a sinhazinha do Boi Garantido que faleceu aos 32 anos Instagram/Reprodução

Foto colorida de Djidja - Metrópoles Djidja 3

Djidja Cardoso Reprodução

Foto colorida de Djidja - Metrópoles Djidja 2

Djidja Cardoso Reprodução

Foto colorida de Djidja Cardoso com o cabelo solto e pintado de ruivo - Metrópoles Djidja Cardoso

Reprodução/ Instagram

Foto colorida de Djidja - Metrópoles Djidja

Djidja Cardoso Reprodução

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Ainda de acordo com as investigações, além de fazer uso da droga, Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja e de Ademar, começou a realizar uma espécie de culto onde fazia uma interpretação equivocada da doutrina apresentada no livro Cartas de Cristo.

Com isso, ainda segundo o site, eles passaram a chamar outras pessoas, principalmente funcionários do salão de beleza de Djidja a participarem do grupo religioso, que tinha na cetaminha uma portal para alcançar uma falsa plenitude espiritual.

Os policiais descobriram, ainda, que os rituais eram realizados dentro dos salões de beleza e na residência da família. Durante algumas vistorias nos imóveis foram encontrados ampolas de cetamina, dezenas de seringas e agulhas.

Em suas redes sociais, Ademar Cardoso se apresentava como uma espécie de "guru" que poderia ajudar as pessoas a "sair da Matrix", que seria ir para o “plano superior”. Atualmente, seu perfil no Instagram está fechado.

Vídeo mostra últimas horas de Djidja

A morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, ainda está dando o que falar, principalmente na Justiça. No último domingo (9/6), novas imagens da jovem, que foi encontrada morta aos 32 anos no dia 28 de maio, mostram suas últimas horas com vida. Os vídeos foram filmados pelo ex-namorado de Djidja, Bruno Lima, que está preso.

Em uma gravação na noite de 27 de maio, o rapaz aparece pedindo para que a ex-sinhazinha entregue o frasco de cetamina que está segurando, mas ela se recusa.

Já na madrugada do dia 28, data de sua morte, Djidja Cardoso aparece procurando a tampa de uma seringa na cama, já bastante debilitada. Ao ver a cena, Bruno pede para que ela vá dormir e dispara: "Eu tentei te salvar", disse ele.

Djidja Cardoso morreu horas depois dos vídeos feitos pelo ex-namorado. Seu corpo foi encontrado por Bruno em outro cômodo. A moça de 32 anos representou a sinhazinha do Garantido no Festival Folclórico de Parintins entre 2015 e 2020, quando se aposentou da arena.

Prima de Djidja detalha "ritual da cura"

A seita formada por familiares e amigos de Djidja Cardoso fez um "ritual da cura" horas antes da morte da avó da ex-sinhazinha do Boi Garantido. Foi o que revelou uma prima da empresária durante entrevista ao Fantástico, exibida no último domingo (9/6).

A mulher, que preferiu não se identificar, contou ao Fantástico como a matriarca da família Cardoso morreu após receber anabolizantes e outras drogas.

"Cleusimar [mãe de Djidja] fez o ritual da cura, ela expulsou todo mundo da casa da minha avó. E nesse ritual eles aplicaram uma bomba, e deram maconha para minha avó. Para fazer medicação, para ela meditar. Às 3h da manhã do dia 29 minha avó teve um AVC", recordou.

A prima da ex-sinhazinha contou como a avó acordou no dia da morte: "Ela chamou minha tia que estava dormindo. E quando ela levantou, ela reclamou de muita dor de cabeça e ela caiu nos braços da minha tia", disse.

Após a notícia da morte da mãe, uma irmã de Cleusimar enviou uma mensagem pedindo para que ela parasse com os entorpecentes: "Cleuse, que sirva de lição minha irmã, para de usar droga!", suplicou a mulher.

A prima de Djidja contou, ainda, que a tia continuou afirmando que traria a mãe de volta: "[Falava] 'Pai, mãe, vida, cura. É só todo mundo orar que ela vai ressuscitar, que ela vai viver. Vocês não têm fé'. Sendo que ela já estava enterrada", detalhou.

Depois de perder a avó, familiares de Djidja foram à polícia e fizeram uma denúncia de cárcere privado. Segundo a reportagem, eles queriam tirar a ex-sinhazinha da casa e ajudá-la a se livrar das drogas. Os agentes, porém, foram ao local, mas ela se recusou a sair.

"Foi quando, inclusive, nós criamos um grupo no WhatsApp que se chamava Salvamento da Djidja. A nossa intenção era a polícia e o Samu verem o estado em que ela se encontrava e levassem. Mas, infelizmente, ela disse que não queria ir", lamentou.

Na mesma reportagem, o delegado Cícero Túlio, responsável pela investigação do caso, revelou que a família de Djidja queria abrir um estabelecimento comercial para facilitar a compra da cetamina, anestésico com o qual ela gastava boa parte da renda do salão de beleza que mantinha em Manaus.

"As conversas mantidas e que foram objetos de análise durante a quebra de sigilo de dados telemáticos apontam que existia um interesse daquele grupo familiar, daquela seita, em realizar a abertura de uma clinica veterinária para facilitar a compra desse tipo de material", apontou.