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Política

Voluntários organizam casamento coletivo em abrigo no Rio Grande do Sul

Em meio ao desalento de quem perdeu tudo, a celebração da união de seis casais que subiram em um altar improvisado.


Foto: Diario Popular
Em meio ao desalento de quem perdeu tudo, a celebração da união de seis casais que subiram em um altar improvisado. Em meio a tantas perdas e sofrimentos, seis casais celebraram a união num abrigo de Porto Alegre

Encarar uma tragédia com alguém do lado pode ser menos difícil. É o que muitas das famílias de um abrigo em Porto Alegre (RS) decidiram fazer: os dias de sofrimento não iriam impedir a realização dos sonhos.

Quarenta pessoas então neste abrigo, montado no galpão de uma oficina. E, apesar de toda a dificuldade de viver fora das próprias casas, este sábado (25) foi um dia especial. Seis casais subiram ao altar, improvisado, como quase tudo que o gaúcho tem vivido.

A ideia do casamento surgiu na semana passada, na festa de um aninho da filha da Ariana e do Ederson, feita por voluntários do abrigo. A casa da família fica na região das ilhas de Porto Alegre. O Ederson ainda não sabe nem se poderá voltar.

"A gente lembra do que a gente passou. Atravessamos o rio Guaíba para chegar no gasômetro de barco, com os bombeiros, graças a Deus, Deus trouxe nós para um lugar maravilhoso que estamos aqui", diz Ederson Cadernal Fanfa, que é carpinteiro.

"Felicidade dupla. E eu fiquei muito feliz", afirma Ariana Querin da Silva.

Os outros casais se animaram e resolveram fazer a celebração coletiva, que só foi possível com uma nova mobilização dos voluntários, que conseguiram as doações das roupas e da decoração.

"É muito gratificante poder fazer parte disso e, realmente, é melhor dar do que receber", afirma a assistente de cerimonial Daniela Bitencourt.

"Proporcionar para eles um marco zero, um virar de página e um recomeço com alegria e com esperança", diz o pastor Flávio Tavares.

O Jardel e a Maria do Carmo também se casaram neste sábado (25). Eles vivem em Eldorado do Sul, cidade devastada pela enchente.

"Para mim, foi começar de novo, dar um passo. Nós perdemos tudo na enchente, não foi fácil para ninguém. Daqui, nós vamos continuar uma nova vida agora, novos propósitos, apagar o que passamos para começar tudo de novo. Tem que ter força de vontade, fé em Deus e para frente, trabalhar", declara Jardel Nunes Oliveira, auxiliar de produção.

Além da coragem para recomeçar, também não faltou o disputado buquê.

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