Transferência de voos do Aeroporto Santos Dummont aumenta o movimento no Galeão, no Rio

O objetivo da mudança é resgatar a importância do aeroporto internacional, que desde antes da pandemia registra redução de voos e número de passageiros. Aeroporto do Galeão tem mais voos no primeiro dia do plano de redução de voos do Santos Dumont

Entrou em vigor o plano de redução de voos no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. No Galeão, que estava subutilizado, o movimento já aumentou.

O vai e vem de malas e passageiros já ficou maior. Logo no primeiro dia útil, o Aeroporto Internacional Tom Jobim teve 32 pousos e decolagens a mais do que na segunda-feira passada. Reflexo da transferência de voos do Aeroporto Santos Dumont.

O objetivo da mudança é resgatar a importância do Galeão, que desde antes da pandemia registra redução de voos e número de passageiros. Em 2022, foram menos de 6 milhões. Pouco mais de 20% da capacidade do aeroporto.

Por determinação da Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, a quantidade de voos no Santos Dumont está sendo aos poucos reduzida, em um processo gradual. O número de decolagens vai diminuir 22% já agora em outubro, e ainda mais até o fim do ano.

No Galeão, o movimento é inverso. Mês a mês, as decolagens vão aumentar. Neste primeiro momento, até o fim de 2023, a oferta de voos no Rio de Janeiro fica reduzida em quase 5%, somando a operação dos dois aeroportos.

O governo federal explica que é um ano de transição em que as empresas aéreas precisam se ajustar, e o Galeão tem um plano de expansão para captar novos voos.

"Nós estamos passando por um processo de adaptação. O importante é que a gente possa fazer valer com que o Aeroporto do Santos Dumont e o Aeroporto do Galeão possam estar fortalecidos. Isso tem que ser um jogo de ganha-ganha, não pode ser um jogo de perde-perde", afirma Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos.

Durante a visita técnica ao aeroporto internacional, o ministro anunciou também investimentos de R$ 300 milhões no Santos Dumont. Ele disse que as obras na área de escape da pista vão aumentar a segurança de pousos e decolagens.

A partir de 2024, toda a operação de partidas e chegadas no Santos Dumont ficará restrita a um raio de 400 km. Na prática, só haverá voos para os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, Pampulha, em Belo Horizonte, e Vitória.

Durante a reunião com o ministro, o prefeito Eduardo Paes pediu para que os voos para Brasília também sejam mantidos. O Ministério de Portos e Aeroportos vai analisar o pedido.

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