Reynaldo Gianecchini apareceu no Instagram, neste sábado (18/5), vestido de drag para lembrar a luta contra LGBTfobia. O objetivo da postagem do ator, que vai participar do musical Priscilla, a Rainha do Deserto, é marcar o Dia Internacional contra a LGBTfobia, que foi celebrado na sexta-feira (17/5).
“Ontem foi Dia Internacional da Luta Contra LGBTfobia! As fotos são da preparação pra viver uma drag em @priscillarainhadodesertobr. Eu tenho muito orgulho de fazer esse espetáculo e tô loko pras vocês virem com a gente!”, afirmou ele na legenda das fotos.
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Nos comentários, os seguidores enviaram muitas mensagens de apoio à causa e elogios: “Eu sou hétero e não incomoda, aliás não deveria incomodar ninguém. Nunca me atraí por homem nem por personagem, mas sempre gostei de todos os bons talentos da TV. Ele, com certeza, é um bom profissional e boa pessoa, pois transparece no sorriso. As pessoas estão doentes por se acharem donos da razão e das escolhas alheias. Deveria ser assim: se te faz feliz, seja feliz. Felicidade não devia incomodar ninguém”, afirmou um. “Eita bicho que fica lindo de qualquer jeito
Como não podia ser diferente, também houve muita gente com falar homofóbicas: “Saudade da minha infância! Naquele tempo não tinha nada disso!!”, escreveu uma. “Nossa quem é a moça ou melhor, senhora?”, questionou outro. “Decepcionada é pouco. Meu namorado de infância se tornou isso.
Alguns fãs de Reynaldo Gianecchini se incomodaram com a quantidade de comentários desnecessários: “Gente, quanto comentario amargo, eu hein. Ele já falou sobre sua sexualidade. Pra quê tanta crítica?”, quis saber uma. “Que raiva desse povo falando besteiras nos comentários”, detonou outra. “É tanta ignorância nos comentários. E aí a gente entende o por quê de muita coisa!
"Somos sexualmente reprimidos", declara Gianecchini
Em entrevista à Veja, em setembro do ano passado, Reynaldo Gianecchini falou sobre como a sociedade brasileira ainda enxerga a homossexualidade como um tabu. Segundo o ator, o país ainda é muito reprimido sexualmente.
"A gente é um país ainda muito reprimido, isso é uma das coisas mais terríveis, mais causadoras de problemas. Somos sexualmente reprimidos. Por isso as pessoas querem cuidar da sexualidade alheia, saber se o ator é não sei o quê. Se você está reprimido, julga o outro, porque não quer olhar para sua direção", afirmou Reynaldo.
O artista ainda mencionou a dificuldade em ser homem devido ao machismo estrutural presente no país. "Ser homem no Brasil desde criança é difícil, porque você geralmente é criado para ser um menino que tem que ser duro, bom no esporte, viril, que não pode chorar", pontuou.
Reynaldo Gianecchini completou: "Sempre fui muito sensível, fui criado por mulheres, em uma família de mulheres. Então sempre achei difícil viver nesse mundo masculino", concluiu ele.
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