Presa após 17 anos: entenda a investigação que aponta mãe de matar a própria filha para ficar com a guarda do neto no Paraná
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Tânia Djanira de Lorena foi presa depois de fugir da polícia por quase duas décadas. Ela foi encontrada dois dias após programa Linha Direta repercutir o caso. Tânia Djanira Melo Becker de Lorena vivia em Marilândia do Sul e ficou 17 anos foragidaReproduçãoA investigação envolvendo Tânia Djanira Melo Becker de Lorena, presa neste sábado (11) após 17 anos foragida acusada de matar a própria filha, Andréa Rosa de Lorena, para tentar ficar com a guarda do neto, mostra as tentativas da Polícia Civil e do Ministério Público em tentar localizar ela neste período. O crime aconteceu em 2007, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Segundo a denúncia do MP, Andréa foi morta por asfixia após um almoço com a mãe e o padrasto, Everson Luís Cilian, que também está preso. Entenda o caso abaixo. ? Siga o canal do g1 PR no WhatsApp? Siga o canal do g1 PR no TelegramTânia foi presa em Marilândia do Sul, no norte do Paraná. De acordo com o relatório da Polícia Militar (PM), ela se apresentava como Lurdes. Ela foi presa dois dias após a exibição do caso pelo programa Linha Direta, da TV Globo, que incentivou denúncias contra ela. A história pode ser conferida no Globoplay. Tânia foi encaminhada para o sistema prisional de Apucarana. Até a publicação desta reportagem, ela não tinha defesa constituída no processo.Andréa Rosa de Lorena foi morta em fevereiro de 2007 em Quatro Barras, Região Metropolitana de CuritibaArquivo da famíliaDe acordo com a Polícia Civil, Tânia não prestou depoimento e foi encaminhada diretamente ao sistema penitenciário. Leia também:Saiba como reivindicar seus direitos ao ter problemas com serviços públicosCelular explode enquanto carregava em escritório e causa incêndioGotas 'de ouro' que salvam vidas: conheça histórias de mães que doam leite humano para salvar bebês em UTIs ProcuradaNo inquérito policial, concluído em outubro de 2007, a Polícia Civil diz que "fez vários contatos com parentes e vizinhos de Tânia, todavia ninguém a havia visto". Depois que a Justiça determinou as prisões preventivas dela e de Everson, a polícia afirma ter feito "diligências", mas "não teve êxito em encontrar os foragidos". De acordo com o inquérito, "em nenhum momento houve qualquer informação sobre o paradeiro dos acusados, nem qualquer contato em defesa dos mesmos". TentativasO Ministério Público apresentou denúncia por homicídio triplamente qualificado contra Tânia e Everson em dezembro de 2007, que foi aceita logo depois pela Justiça. Durante o processo, a Justiça acionou empresas de telefonia, água e luz para tentar localizar alguma informação sobre o paradeiro de Tânia, mas nenhum detalhe apareceu. Em 2022, Everson foi preso e virou réu pela morte de Andréa em 2023. Em depoimento à Justiça, ele negou envolvimento no caso. O júri dele está marcado para a próxima quarta-feira (15) em Campina Grande do Sul, onde o processo tramita. Acusada de matar filha foi presa 17 anos depois do crimeArte/g1O casoAndréa Lorena foi morta em 12 de fevereiro de 2007. Ela deixou dois filhos: um menino e uma menina.Conforme a denúncia, após um almoço de família na casa da vítima, os acusados usaram um fio elétrico para enforcar Andréa até ela parar de respirar. Depois, colocaram o corpo dela embaixo da cama, que só foi localizado dois dias após a morte.Segundo o MP apurou, antes do crime, Tânia e Everson pediam a guarda da criança na Justiça depois de terem passado um tempo cuidando do menino enquanto a mãe se recuperava de um acidente de motocicleta.No processo que investigou o caso, a Justiça considerou declarações de testemunhas que acompanhavam a disputa de Tânia pela guarda do filho de Andréa.Um dos depoimentos no processo é o da pai da vítima, ex-marido de Tânia. Ele relatou que soube de ameaças da ex-esposa à filha.Relatou, também, que quando Tânia cuidava da criança, Andréa e o então marido, Juliano Saldanha, precisaram pegar a criança à força. O homem, apesar de não ser pai biológico do menino, ajudou a esposa a reaver o filho, de acordo com o processo.Mais assistidos do g1 PRLeia mais em g1 Paraná.