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Agentes foram condenados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, roubo majorado e organização criminosa. Frentista João Paulo Sousa Rodrigues foi visto pela última vez no dia 30 de setembro de 2015 algemado no carro seriam os PMs.Reprodução/TVMQuatro policiais militares foram condenados a penas que somadas a 148 anos de prisão, em regime fechado, por matar e ocultar o corpo do frentista João Paulo de Sousa Rodrigues, em Fortaleza. O julgamento terminou na madrugada desta quarta-feira (8).? Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsAppO jovem sumiu há quase nove anos, após ser abordado pelos policiais militares, e nunca teve o corpo encontrado.Veja a pena dos acusados:Haroldo Cardoso da Silva - 40 anos e 9 meses de reclusão;Francisco Wanderley Alves da Silva - 36 anos, um mês e 15 dias;Antonio Ferreira Barbosa Júnior - 36 anos, um mês e 15 dias eElidson Temoteo Valentim - condenado a 36 anos, um mês e 15 dias de reclusão. Os agentes foram condenados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, roubo majorado e organização criminosa. Além da prisão, eles deverão pagar 150 dias-multa pelos crimes, sendo o valor do dia-multa equivalente a 1/30 do salário mínimo de 2015, ano dos crimes. Durante o julgamento, também foi decretada a perda de cargo público de Wanderley, Antonio e Elidson. Haroldo já estava na reserva e, por isso, cabe ao Ministério Público ingressar com uma ação para que ele perca o cargo.A sessão que julgou os acusados começou na segunda-feira (6) de manhã e terminou nesta quarta, por volta das 4h.DesaparecimentoPoliciais são presos suspeitos de matar frentista a mando de dono do posto de combustívelO frentista João Paulo Sousa Rodrigues foi visto vivo em 30 de setembro de 2015. Ele foi abordado pelos quatro PMs quando se dirigia até o posto de combustíveis em que trabalhava. No decorrer da ação, o frentista foi algemado e colocado dentro da viatura, onde, segundo as investigações, teria sido torturado e depois assassinado. O corpo da vítima nunca foi encontrado.Conforme denúncia do MPCE, o crime teria sido cometido a pedido do empresário Severino Almeida, dono do posto de combustíveis em que João Paulo trabalhava, no Bairro Parque Santa Rosa, em Fortaleza. Severino teria desconfiado que o frentista estaria sugerindo a criminosos da região que assaltassem o local. Denunciado pelo Ministério Público em fevereiro de 2018, o empresário, porém, foi impronunciado pela Justiça, que alegou ausência de provas de sua participação. Assista aos vídeos mais vistos do Ceará: