Johnson propõe pagar US$ 6,5 bilhões para encerrar disputa judicial

A Johnson & Johnson (J&J) apresentou, na quarta (1º/5), uma nova proposta para encerrar a maior parte dos processos judiciais correntes e futuros relacionados a acusações de que produtos de talco da gigante farmacêutica provocaram câncer de ovário em consumidoras dos Estados Unidos.

Foto: GestãoClick

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A Johnson & Johnson (J&J) apresentou, na quarta (1º/5), uma nova proposta para encerrar a maior parte dos processos judiciais correntes e futuros relacionados a acusações de que produtos de talco da gigante farmacêutica provocaram câncer de ovário em consumidoras dos Estados Unidos. O plano prevê o pagamento de US$ 6,5 bilhões (cerca de R$ 33 bilhões), em 25 anos, aos litigantes envolvidos no episódio.

De acordo com a empresa, se avançar, o plano resolverá 99,75% de todos os processos pendentes sobre o caso. Formalmente, a proposta foi apresentada pela LLT Management LLC, subsidiária da J&J.

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As queixas apresentadas pelos consumidores contra a empresa apontavam que o talco existente em alguns produtos provocava câncer de ovário, no caso de uso na higiene feminina, e mesotelioma, outro tipo de câncer que afeta os pulmões.

Em 2020, a empresa deixou de vender itens com talco nos Estados Unidos e no Canadá. Em 2022, ela os retirou do mercado mundial. A J&J, contudo, sempre afirmou que os artigos eram seguros e as acusações careciam de fundamento.

Terceira tentativa

A Justiça americana já rejeitou dois planos feitos pela Johnson & Johnson sobre esses processos. Em ambos, a empresa havia indicado que a subsidiária LLC assumiria a responsabilidade pelos casos. Ele também deveria entrar em recuperação judicial para evitar que o grupo fosse afetado. Agora, o problema pode ser resolvido se 75% dos litigantes aprovarem o avanço da proposta.

"Esse plano é o ápice da nossa estratégia de acordo consensual anunciada em outubro", disse Erik Haas, vice-presidente de Assuntos Jurídicos da J&J, em um comunicado divulgado pela empresa. De acordo com o Wall Street Journal, a medida, se validada, será uma das maiores entre acordos de danos em massa de todos os tempos.

Segundo a empresa, outras ações judiciais relacionadas ao mesotelioma, o câncer de pulmão, serão resolvidas separadamente.