Polícia prende 3º suspeito pela morte de médico em São Bernardo
São Paulo – A Polícia Civil prendeu na noite desta terça-feira (23/4) o terceiro suspeito de envolvimento na morte do médico Aurélio Tadeu de Abreu, de 48 anos, na última sexta-feira (20/4) no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista.
São Paulo – A Polícia Civil prendeu na noite desta terça-feira (23/4) o terceiro suspeito de envolvimento na morte do médico Aurélio Tadeu de Abreu, de 48 anos, na última sexta-feira (20/4) no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista.
De acordo com a delegada seccional de São Bernardo, Kelly Cristina Sachetto, o homem está no 3º DP de São Bernardo e passa por interrogatório. Ela disse ao Metrópoles que mais detalhes serão fornecidos nesta quarta-feira (24/4).
A polícia já havia prendido os outros dois suspeitos pelo assassinato. Diego Marques, de 29 anos, foi preso na sexta-feira em flagrante no local onde mora, e Carolina Bival de Medeiros Araújo, de 30 anos, foi detida de maneira temporária e teve prisão convertida para preventiva.
O crime
Com as mãos amarradas para trás e uma corda no pescoço, o corpo do médico foi encontrado dentro da residência, no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo, na última sexta.
A faxineira Carolina Bival, 30, é a mulher que aparece, vestida de rosa, em imagens de câmeras de segurança nas imediações do local (veja abaixo). Segundo a investigação, ela, Diego Marques, 29, e o outro suspeito detido nesta terça foram até a casa de Aurélio na noite da quinta. Lá, eles teriam dopado o médico e o agredido até a morte.
Em depoimento, ela relata ter sido chamada para participar do crime por Diego Fernandes, de 29 anos, o outro suspeito preso, via mensagem de Instagram.
"Você pode ir a uma caminhada com nós, você só precisa beber uns goró com o cara e ganha R$ 100 [sic]", dizia a mensagem do comparsa. Ainda segundo ela, o "restante" ficaria por "conta deles".
A suspeita afirma que havia conhecido Diego, em uma praça da cidade, quatro dias antes. Ainda de acordo com o seu depoimento, ele teria dito ser integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC).
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Carolina disse que Diego e um terceiro criminoso foram buscá-la no bairro Dos Casa, em São Bernardo do Campo, por volta das 21h, para levá-la para casa da vítima. Inicialmente, só ela entrou no local, de acordo com o depoimento.
Segundo relata, ela não conhecia o médico até então. Poucos minutos após chegar, ela e Aurélio foram até um supermercado para comprar um maço de cigarro e quatro garrafas de vinho.
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Os dois ainda passaram cerca de 40 minutos conversando na casa, conforme o depoimento da suspeita. Só aí que Diego e o outro suspeito teriam chegado ao local e recebido autorização para entrar. Segundo afirma, o médico disse que era "amigo" do terceiro criminoso.
O grupo bebeu por mais 30 minutos, de acordo com Carolina. Em seguida, ela "notou Diego pegando uma corda vermelha (guia de cachorro) e chegou a indagar o que ele estaria fazendo". "Diego pediu para que ela ficasse na dela, pois eles fariam o 'serviço'", diz o documento.
Assassinato
Carolina afirmou que o médico foi atacado pelas costas por Diego. "A declarante se desesperou e foi para o quarto, nesse momento chegou a ouvir gemidos e gritos de socorro", registra o documento.
Cinco minutos depois o local teria sido tomado pelo silêncio. De barriga para baixo, o corpo de Aurélio estava no meio da sala.
"Nesse momento, iniciou uma correria entre os três envolvidos buscando por itens dentro da residência da vítima", diz trecho do depoimento.
Suspeitos roubaram picanha e micro-ondas
Segundo o documento, Carolina pegou uma peça de picanha, uma de costelinha, cervejas e vodka. Já Diego teria levado o micro-ondas e rodas de carro que pertenciam à vítima.
Os itens roubados foram levados no Fiat Stilo, que pertencia ao médico, encontrado posteriormente na casa de Diego.