Alunas cearenses são as únicas garotas a representar o Brasil em olimpíada de química na China: 'ocupar o espaço científico'
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Dez estudantes vão representar o Brasil em 2024 na International Mendeleev Chemistry Olympiad (IMChO), que será realizada na China em abril. As duas mulheres que fazem parte da delegação são as alunas cearenses: Giovana Matsumoto e Sophia da Silva. Alunas cearenses irão para olimpíada de química na China. À direita está Giovana e à esquerda está Sophia.DivulgaçãoInspirar outras meninas a ocupar o espaço científico é o que a estudante Sophia Alves, de 17 anos, deseja. Ela e a colega Giovana Matsumoto são as únicas mulheres da delegação brasileira que vão representar o país na International Mendeleev Chemistry Olympiad (IMChO), uma olimpíada na China que ocorre de 21 a 26 de abril.? Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp"É uma honra compor o time brasileiro e poder representar o país nessa grande competição que agrega uma área da Ciência pela qual sou fascinada, a Química. É uma olimpíada com uma estrutura totalmente diferente do que estou acostumada. Então, é uma experiência pela qual estou ansiosa em sentir. Desejo inspirar outras meninas a ocupar o espaço científico, poder agregar com conhecimento e tudo mais", disse ao g1.Sophia e Giovana foram classificadas na 4ª fase da Olimpíada Brasileira de Química (OBQ) para compor a delegação brasileira na competição internacional.Esta será a primeira viagem internacional de Sophia, que não esconde o nervosismo. Além de participar do evento, ela também quer conhecer a cultura local e garante: descansar e ter momentos de lazer é um ingrediente importante para os competidores e faz parte de sua rotina de preparação."Tenho o auxílio dos professores de olimpíada lá da escola. Estudamos tudo. Tem o horário das aulas, mas costumo estudar de manhã e um pouco à noite, sempre equilibrando para não pirar", explicou sobre a rotina.Alunas cearenses são as únicas garotas a representar o Brasil em Olimpíada na ChinaO processo de estudo de Sophia foca em ler e escrever sobre cada assunto abordado. "Gosto também de fazer exercícios e ficar revisando o conteúdo". A olimpíada na China é dividida em três dias: dois deles têm provas teóricas e um de experimentos práticos. "A prova prática é assim: eles colocam um experimento para você e você tem que ir seguindo as instruções para realizar. A nota é pesada com base no rendimento. É bem diferente do que estamos acostumados", explicou.Apoio dos professoresNa foto, as meninas estão com o professor de Química Antonino Fontenele.DivulgaçãoSophia conta que sempre gostou muito de química, mas que passou a se aprofundar no assunto no 1° ano do Ensino Médio, no colégio Farias Brito, quando conheceu dois professores que lhe inspiraram.Como gosta muito de química orgânica, espera ver mais do conteúdo na olimpíada."São feras da química e me fizeram me aprofundar nessa área que gosto tanto. Hoje em dia fico até olhando como eu fico feliz em estudar química", comentou.A estudante recebe com felicidade a missão de representar as mulheres brasileiras na competição. Apesar do nervosismo e do feito inédito, o apoio das pessoas queridas tem sido importante."É difícil ficar calma, mas tenho apoio da família e dos amigos. Também tenho noção de que não sou uma máquina. A química é muito além do que a pressão e algo do tipo. Fico feliz de ter chegado até aqui", desabafou.A International Mendeleev Chemistry Olympiad (IMChO) surgiu em 1992 e é considerado atualmente um dos mais importantes torneios acadêmicos de Química do mundo, contando com a participação de mais de 20 países.À esquerda aparece Sophia e na direta está Giovana.DivulgaçãoAssista aos vídeos mais vistos do Ceará: