Desembargador de MS que mandou soltar chefe de facção condenado a 126 anos se aposenta após decisão do STF
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A aposentadoria do magistrado foi publicada no Diário Oficial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul desta sexta-feira (5). Desembargador afastado do TJ/MS, Divoncir Schreiner MaranArquivo TJ/MSApós o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes derrubar, a medida que mantinha o afastamento do desembargador Divoncir Schreiner Maran dos trabalhos no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), o magistrado reassumiu seu cargo, mas já vai se aposentar. Isto porque completa 75 anos neste sábado (6), idade máxima para os juízes permanecerem trabalhando.A aposentadoria dele foi publicada no Diário Oficial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul desta sexta-feira (5).Divoncir é investigado pela Polícia Federal e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por facilitar a fuga de Gerson Palermo, que é chefe de uma facção e foi condenado a 126 anos de prisão.Além de facilitar a fuga de Palermo, Divoncir é suspeito de vender a liminar para conceder habeas corpus ao mega traficante. Desde o início do ano, o desembargador estava proibido de trabalhar ou ter contato com servidores do TJMS. A medida de afastamento ocorreu em substituição à uma possível prisão preventiva.Como ficam as investigações com a aposentadoria do magistrado? A aposentadoria do magistrado não interfere no processo do CNJ. Se o Conselho decidir que Divoncir feriu a lei da magistratura ao conceder prisão domiciliar a Parlemo, a aposentadoria dele pode mudar de voluntária para "compulsória".Qual a diferença?A aposentadoria compulsória prevê que o magistrado tenha ganhos proporcionais ao tempo de serviço, o que, para alguns, pode implicar em perda de remuneração.No caso de Divoncir, o tempo de serviço já ultrapassa 40 anos e por isso ele não teria perda financeira, porém, o selo de ter sido aposentado como punição não é desejado para nenhum magistrado.,Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: