Após sete anos, 2º condenado é preso por violentar e matar garoto com mangueira de lava a jato
.
Wesner Moreira da Silva morreu com 17 anos após ficar 11 dias internado na Santa Casa. Os suspeitos vão ser presos um ano depois de decisão do júri popular. A morte ocorreu em 2017. Condenador de agredir adolescente com mangueira em lava a jato de MSReprodução/ TV MorenaQuase dois meses após o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) decidir pela prisão e oito anos depois da morte do adolescente Wesner Moreira da Silva, o 2º condenado pelo homicídio foi preso nesta quarta-feira (3). A vítima, de 17 anos, morreu ao ter uma mangueira de lava a jato introduzida no ânus, em 2017.Thiago Giovanni Demarco Sena foi sentenciado a 12 anos de prisão em março de 2023, mas só teve a prisão decretada em fevereiro deste ano. Desde então, estava foragido. Willian Enrique Larrea, outro condenado pelo crime, foi preso ainda em fevereiro deste ano.A decisão da prisão saiu um ano após os condenados serem considerados culpados em júri popular. Após o júri, os dois passaram a responder em liberdade, porque entraram com recurso pedindo anulação do julgamento. Cada um dos acusados foi condenado a 12 anos em regime fechado.Além da prisão, os condenados foram sentenciados a pagar indenização à família de Wesner no valor de R$ 300 mil e uma pensão vitalícia no valor de 2/3 do salário mínimo vigente no período."Eu prometi no hospital. Eu prometi que eles iam pagar. Eu sai como uma leoa para eles pagarem o que fizeram com o meu filho. Tô sonhando com essa vitória. Meu filho está feliz no céu. A Justiça cumpriu a lei, é para colocar essas pessoas que fazem muito mal na cadeia", comentou Marisilva Moreira após receber a decisão da Justiça sobre o caso do filho.Relembre o casoCrime foi em lava jato da capital de MSFlávia Galdiole/ TV MorenaO crime ocorreu em 3 de fevereiro de 2017. Wesner ficou 11 dias internado, e chegou a gravar um vídeo agradecendo as orações. Além do ferimento no intestino, o rapaz tinha uma lesão no esôfago e sofreu hemorragia, morrendo em decorrência de uma parada cardíaca.O pedido de prisão dos suspeitos foi feito pelo delegado Paulo Sérgio Lauretto, à época na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) no dia da morte do rapaz, quando saiu o laudo confirmando a lesão corporal grave. No entanto, três dias depois, a Justiça negou o pedido de prisão dos suspeitos.O dono do lava a jato, Thiago Demarco Sena, de 26 anos, e o funcionário Willian Henrique Larrea, de 30, suspeitos de violentar Wesner, nunca foram presos. De acordo com a defesa, o argumento é de que o crime teria sido "uma brincadeira".Antes de morrer, o garoto negou que a agressão tenha sido uma brincadeira. De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, em 2019, havia um impasse em torno da questão se houve ou não intenção de matar.Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: