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Obra venceu o Prêmio Jabuti, considerado o mais importante da literatura brasileira. Autor classifica medida como 'censura'. Governo começa a retirar exemplares de 'O Avesso da Pele' das escolas públicas do PRExemplares do livro "O avesso da pele", do escritor Jeferson Tenório, estão sendo recolhidos de escolas públicas que ofertam o Ensino Médio no Paraná. A determinação é da Secretaria Estadual de Educação. ? Siga o canal do g1 PR no WhatsApp? Siga o canal do g1 PR no TelegramA obra foi publicada em 2020 e narra a história de Pedro, que teve o pai assassinado em uma abordagem policial. O racismo é um dos temas abordados no livro, que venceu o Prêmio Jabuti em 2021, considerado o mais importante da literatura brasileira. "O avesso da pele" integra o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), do Ministério da Educação (MEC), que compra e distribui livros didáticos para escolas públicas no Brasil. Publicado em 2020, "O Avesso da Pele", de Jeferson Tenório, conta a história de um jovem que teve o pai morto em uma abordagem policialCarlos Macedo/Feira do Livro e Reprodução/Redes SociaisLEIA TAMBÉM:Finanças: Parcela de financiamento de imóveis pode ser reduzida em até 80% com amortizaçãoVídeo: Polícia encontra piscina com criadouro de dengue durante operação em MaringáInvestigação: Dois homens são presos suspeitos de comandar grupo ligado ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro no ParanáEm ofício, a Seed informou que "a obra passará por análise pedagógica e posterior encaminhamento". Os exemplares devem ser recolhidos até a próxima sexta-feira (8). A secretaria disse que "habitualmente revisa os materiais didáticos incluídos no PNLD", considerou a temática da obra como "importante", mas explicou que a revisão foi necessária porque, em determinados trechos, "o texto tem expressões, jargões e descrições de cenas inadequadas para menores de 18 anos". A Secretaria de Educação informou que ainda está levantando quantas escolas no Paraná adotaram "O avesso da pele" nas salas de aula. Autor critica recolhimento de livrosPelas redes sociais, o escritor Jeferson Tenório classificou a medida da Seed como "uma violência e uma atitude inconstitucional". Segundo o autor, "não se pode decidir o que os alunos devem ou não ler com uma canetada. Não vamos aceitar qualquer tipo de censura".Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Paraná.