Gabinete de Toffoli tende a reconhecer idoneidade de leniências firmadas com CGU e AGU, afirmam aliados
Ministro tende a circunscrever apurações onde há rastro evidente de suspeitas, ou seja, nos acordos firmados pelo MPF.
Ministro tende a circunscrever apurações onde há rastro evidente de suspeitas, ou seja, nos acordos firmados pelo MPF. Aliados do ministro Dias Toffoli dizem que ele tende a blindar acordos de leniência firmados pela Controladoria-Geral da União (CGU) e outros órgãos de controle que não o Ministério Público Federal com empresas que foram alvo da Lava Jato e de outras operações, como a J&F.Segundo pessoas próximas, a decisão do ministro já deixa claro o alcance de seus feitos: "O ministro só deferiu a suspensão dos pagamentos em relação aos acordos de leniência assinados pela Odebrecht e a J&F com o MPF. Em relação à CGU, ele só autorizou a reavaliação perante a própria CGU", explica um integrante do gabinete de Toffoli.A ideia do ministro é circunscrever as apurações e a revisão dos tratos apenas onde há rastro de suspeição, ou seja: nos acordos firmados pela extinta força-tarefa da Lava Jato e por braços do MPF, como o da Procuradoria da República com a J&F.Como mostrou o blog em primeira mão nesta terça (6), o ministro derrubou o sigilo de casos que têm relação com as leniências da Odebrecht e da J&F. Toffoli, dessa forma, abriu parte das informações que levaram a tomar as decisões que têm levantado polêmica.