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Política

Israel resgata, na Faixa de Gaza, corpos de 2 jovens desaparecidos desde o ataque do Hamas

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Nesta terça-feira (12), a Assembleia Geral da ONU aprova resolução que pede um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza: 153 países votaram a favor, incluindo o Brasil. Israel resgata, na Faixa de Gaza, corpos de 2 jovens desaparecidos durante ataque do Hamas

Jornal Nacional/Reprodução

O governo de Israel resgatou, na Faixa de Gaza, os corpos de dois jovens que estavam desaparecidos desde o ataque terrorista do Hamas, dois reféns. A maior cidade do sul do território, Khan Younis, sofreu nesta terça-feira (12) um bombardeio aéreo israelense.

Também houve ataques israelenses em Rafah, perto da fronteira com o Egito. De acordo com as Nações Unidas, um quinto dos prédios do território já foi destruído ou danificado na guerra.

Em Israel, parentes e amigos enterraram um soldado morto em um dos confrontos com o grupo terrorista Hamas. Desde que a invasão por terra começou, 105 soldados morreram.

As Forças de Segurança de Israel informaram que recolheram os corpos de dois israelenses em Gaza: o de Eden Zacharia, de 28 anos, sequestrada durante a festa rave de 7 de outubro; e o do soldado Ziv Dado, de 36, que servia em um posto perto de Gaza. Ele foi assassinado pelos terroristas e o corpo levado para o território. Cerca de 130 pessoas ainda são mantidas reféns pelo Hamas.

Nesta terça-feira (12), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que conta com o apoio dos Estados Unidos para cumprir o objetivo de destruir o Hamas e libertar os reféns detidos em Gaza. Mas Netanyahu falou que não concorda com a postura do governo americano sobre o que deve acontecer depois da Guerra.

O primeiro-ministro de Israel se referiu à posição que Washington vem defendendo sobre a possível participação da Autoridade Palestina no controle da Faixa de Gaza depois da guerra. Segundo Netanyahu, Gaza não será nem do Hamas, nem do Fatah, grupo político que controla a Autoridade Palestina na Cisjordânia.

Na segunda-feira (11), o presidente americano, Joe Biden, tinha afirmado que manterá o apoio à Israel até que eles se livrem o Hamas, e fez um alerta:

"Os israelenses precisam ter cuidado. A opinião pública mundial pode mudar da noite para o dia e não podemos deixar isso ocorrer", disse Biden, em uma referência aos ataques à Gaza.

Nesta terça-feira (12), o presidente americano foi mais direto. Em um evento de campanha à reeleição - que não teve imagens divulgadas -, Biden disse que Israel ainda tem o apoio de quase todo o planeta, mas que está começando a perder esse apoio por causa do que chamou de "bombardeios indiscriminados".

Biden afirmou ainda que Netanyahu precisa fazer mudanças no governo, que chamou de o mais conservador da história de Israel. O presidente americano pediu mudanças porque o governo israelense não defende uma visão fundamental do governo americano: a solução de dois Estados com os palestinos. E completou:

"A segurança do povo judeu está literalmente em jogo".

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução que pede um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza: 153 países votaram a favor, inclusive o Brasil. Estados Unidos e Israel estão entre os dez votos contrários; 23 se abstiveram, entre eles Alemanha e Ucrânia.

A aprovação tem somente um efeito simbólico, porque não obriga Israel e os terroristas do Hamas a interromperem a guerra.

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