O general Mario Fernandes, preso nesta terça-feira (19/11) no âmbito da Operação Contragolpe, que investiga o plano de assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, visitou o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, na prisão.
A visita aconteceu no dia 11 de maio de 2023, mesma data e horário da visita do deputado federal Eduardo Pazuello. Na época, Fernandes ocupava um cargo de natureza especial no gabinete do ex-ministro da Saúde, com salário de R$ 15,6 mil. Antes disso, o general já havia exercido as funções de secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro.
10 imagensCid foi detido no dia 3 de maio de 2023, no âmbito do inquérito que apura a fraude no cartão de vacina de Bolsonaro e de familiares do ex-presidente. Ele estava no Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília, quando recebeu as visitas.
O nome de Fernandes aparece abaixo do de Pazuello no registro de visitantes feito pelo Exército. A lista foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) em julho do ano passado, com alguns nomes omitidos pela corporação.
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Mauro Cid foi colocado em liberdade em setembro de 2023, após firmar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. Ele foi preso novamente em março deste ano, por descumprir a medida cautelar que proibia seu contato com outras pessoas indiciadas. Em maio, foi solto novamente. O militar tem novo depoimento à PF marcado também para esta terça-feira.
Mario Fernandes foi exonerado do gabinete de Pazuello em março deste ano. Ele foi atingido pela decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que proibiu a posse em cargos públicos de pessoas citadas nas investigações sobre o plano de golpe de Estado que impediria a posse de Lula em 2022.
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