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Acidente

Mulher morta após airbag explodir ajudava crianças vulneráveis no DF

Funcionária do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), a assistente social Marcela Gonçalves Feitosa de Melo, de 37 anos, trabalhava em parceria com o Conselho Tutelar na proteção e apoio de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.


Funcionária do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), a assistente social Marcela Gonçalves Feitosa de Melo, de 37 anos, trabalhava em parceria com o Conselho Tutelar na proteção e apoio de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Marcela morreu nessa terça-feira (1º/10) após ter o pescoço atingido por uma peça do airbag do carro dela, em um acidente de trânsito entre o Sudoeste e o Cruzeiro. O enterro dela foi realizado nesta quinta-feira (3/10), no cemitério Campo da Esperança, em Taguatinga.

Segundo o conselheiro tutelar, Cleiton Vital de Oliveira, 46, a assistente social era uma pessoa extraordinária. Além de acolher os menores, Marcela ajudava as famílias, inclusive na compra de remédios.

“A gente tinha a parceria no encaminhamento de adolescentes para o primeiro emprego. Marcela sempre nos atendia com todo o suporte. Eram adolescentes em situação de risco, sem o contraturno escolar, e a gente sempre tentou inserir esses adolescentes no mercado de trabalho. O CIEE é um parceiro nosso, e Marcela fazia parte desse recrutamento”, contou Cleiton ao Metrópoles.

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Familiares e amigos se despediram de Marcela nesta quinta-feira (3/10)

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Cerimônia ocorreu no cemitério Campo da Esperança

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Colegas de profissão, assistentes sociais também estiveram presentes

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Marcela foi morta após uma peça do airbag do carro dela atingir a região do pescoço

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"Por onde passava, deixava brilho", disse uma amiga, ao tentar definir Marcela com uma frase

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De acordo com o conselheiro tutelar, Marcela era apaixonada pelo trabalho. “Você nunca a via triste ou reclamando, ela estava sempre feliz. Sempre nos atendia e dava um retorno, mesmo quando não podia. Era uma assistente social super dedicada. Foi uma fatalidade”, comentou.

Para o conselheiro tutelar, o caso precisa passar por uma investigação detalhada sobre a situação do airbag. “É um sistema que deveria garantir a segurança, mas você vê que é falho. Me parece que, desde 2019, tinham chamado o carro para o recall. Mas o recall trava o carro no Detran. Como esse carro estava andando, então? Isso que a polícia vai ver. O meu carro ficou travado por recall, o de outra conselheira também ficou travado por airbag. O documento não chegou, não chegava. Eu fui no Detran e vi que tinha o recall. Foi substituído e o documento foi liberado. Foi a mesma coisa com a outra conselheira. Então, isso precisa ser averiguado”, ponderou.

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Legado

Marcela deixa um legado de aprendizado, na visão do colega. “Ela deixa um legado de aprendizado, de saber ouvir, de lutar pelo direito das pessoas. Aprendi muito com ela. As famílias se sentiam acolhidas, nos ligavam agradecendo após termos as encaminhado para a Marcela, diziam que ela era uma pessoa maravilhosa. Ela vai fazer muita falta”, arrematou.

Uma amiga da assistente social, que pediu para não ser identificada, resumiu Marcela com uma frase: “Por onde ela passava, deixava brilho.”

Relembre o caso

Marcela dirigia um Toyota/Etios SD XS, 2015/2016, ao voltar para casa. A motorista morreu após acidente em via movimentada entre o Sudoeste e o Cruzeiro, por volta das 16h30 de terça-feira (1º/10).

Quando chegaram ao local, as equipes de socorro já encontraram Marcela sem vida. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), o acidente ocorreu em frente ao terminal rodoviário do Cruzeiro.

O carro da assistente social não passou por recall. Segundo pesquisa na Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), a montadora anunciou o chamado para reparos em 2020. No entanto, até terça-feira (1º/10), data da tragédia, o serviço estava pendente.

Metropoles

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