A fumaça das queimadas na Amazônia deve atingir o Rio Grande do Sul novamente entre esta terça (3/9) e quarta-feira (4/9).
De acordo com informações da Metsul Meteorologia, ventos quentes vindo do Norte do país estão trazendo o ar poluído para o estado gaúcho.
"O corredor de fumaça que há vários dias atua na América do Sul percorre milhares de quilômetros e abrange uma área que vai da região amazônica até o Rio Grande do Sul, passando pelos territórios da Bolívia, Paraguai e o Nordeste da Argentina", explica a Metsul.
Após alcançar o Rio Grande do Sul, o corredor de fumaça deve seguir para o Oceano Atlântico, voltar ao Norte e depois atingir estados do Sudeste, como Espírito Santo, Rio de Janeiro e parte de São Paulo.
Origem da fumaça
A fumaça está partindo do Sul da Amazônia, que inclui o estado do Amazonas, Bolívia e Rondônia. A região é chamada de "arco do desmatamento".
O fenômeno conhecido como "corrente de jato", um corredor de vento em baixas altitudes, é o que vem facilitando a migração da fumaça do Norte ao Sul do Brasil.
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Na Amazônia, a fumaça fica mais próxima ao solo e causa problemas respiratórios. Já no Sul, ela permanece suspensa na atmosfera, deixando o céu mais acinzentado.
Amazônia têm pior agosto desde 2010
O mês de agosto deste ano terminou com 38.266 queimadas na Amazônia. Em 2010, houve 45 mil focos de calor no bioma e desde então, os números não chegavam a este patamar, conforme o monitoramento realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O acompanhamento foi iniciado em junho de 1998.
Em agosto do ano passado houve 17.373 queimadas na Amazônia. Na comparação com o que aconteceu no ano passado significa um aumento de 120%.
Entre domingo (1º/9) e segunda-feira (2/9), 3.432 focos de calor foram registrados no bioma.
A área consumida pelo fogo na Amazônia de 1º de janeiro até o dia 27 agosto equivale a 49,19 quilômetros quadrados. É uma área maior do que a do estado do Rio de Janeiro, que tem 43,69 quilômetros quadrados.
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