O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avisou aos líderes da Câmara que convidará os 27 governadores ao Planalto, para discutir a segurança pública do País, área considerada o “calcanhar de Aquiles” do seu governo. O chefe do Executivo teve uma reunião fechada com parlamentares na noite desta segunda-feira (26/08), para melhorar a relação com o Legislativo.
A segurança pública é considerado um tema de maior competência de estados e municípios, mas o Planalto avalia que uma má performance nessa área sempre leva a opinião pública contra o governo federal. Além disso, ao sinalizar que convidará todos os governadores, Lula passa a mensagem de que pode cooperar com as bancadas de todos os estados, inclusive os governados por bolsonaristas.
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Há pressa porque os prováveis adversários do PT em 2026 possuem a segurança pública como “trunfo” diante do eleitorado, a exemplo do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ambos disputam o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro para concorrer ao Planalto.
Outro objetivo de Lula com a reunião é fechar as discussões sobre a PEC da Segurança Pública, que deve ser enviada em breve ao Congresso pelo pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Como mostrou o Metrópoles, o texto prevê ampliação das funções da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além da inclusão do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) na Constituição e a junção dos fundos bilionários de segurança e de sistema prisional em um só.
Pesquisa aponta segurança pública como pior área do governo Lula
Pesqusia AtlasIntel/CNN divulgada em junho aponta que a avaliação positiva do governo Lula na segurança pública foi de 31% em maio para 27%. O levantamento realizou 3.601 entrevistas entre os dias 7 e 11, com margem de erro de um ponto percentual para mais ou para menos e nível de confiança de 95%.
A PEC, considerada a aposta do governo para melhorar a avaliação na segurança, enfrenta resistência de governadores de oposição. Eles desconfiam que o projeto pode dar mais poder para a União e diminuir a autonomia das unidades da federação.
Metropoles