G1 nacional
Zuñiga era o comandante geral do exército do país, mas foi destituído do cargo após ameaça a possível nova candidatura de Evo Morales à Presidência. O general Juan José ZuñigaGoverno da BolíviaApontado como responsável pela tentativa de golpe de estado iniciada nesta quarta-feira (26) na Bolívia, o general Juan José Zuñiga era o comandante geral do exército do país, mas foi destituído do cargo após declaração sobre uma possível nova candidatura de Evo Morales à Presidência. "Sou um soldado de honra que está disposto a oferecer sua vida pela defesa e unidade da Pátria. Nossa Pátria, mais uma vez, está sob a ameaça de inimigos internos e externos que buscam a divisão, a desestabilização e o ódio entre os bolivianos, para tomar sobre os recursos naturais em benefício de interesses mesquinhos e grupos de poder que respondem ao caudilhismo", afirmou, um dia antes da tentativa de golpe. Além da destituição, a declaração gerou reação imediata de Evo Morales, que considerou o discurso como ameaça e declarou a possibilidade de um golpe de estado. Horas depois da resposta de Morales, Zuñiga liderou os tanques e militares que invadiram o palácio presidencial e afirmou que o movimento era uma "tentativa de restaurar a democracia" na Bolívia e de libertar prisioneiros políticos.O general estava no cargo máximo do Exército desde 2022. Na época, ele já havia sido acusado por Morales de fazer parte de um grupo de militares especialistas em escutas telefônicas e monitoramento pessoal.Zuñiga também já foi acusado de envolvimento em escândalos de corrupção, segundo o jornal boliviano El Deber. Por conta do caso, Zúñiga foi sancionado com sete dias de prisão.