Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Política

Transporte de ônibus hidroviário na Represa Billings, na Zona Sul de SP, deve começar a funcionar nesta segunda, diz Nunes

.


Serviço deveria estar em funcionamento desde setembro do ano passado, mas sofreu atrasos por parte da empresa responsável, que está sendo investigada por ligação com facção criminosa. SPTrans assumiu a operação. Justiça libera inauguração do transporte de ônibus hidroviário na Represa Billings

O Aquático SP, transporte público por barcos na Represa Billings, na Zona Sul de São Paulo, deve iniciar suas operações nesta segunda-feira (13). A informação foi divulgada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) durante agenda no sábado (11).

Inicialmente, o sistema funcionará de forma parcial, entre 10h e 16h, sem cobrança de tarifa e com capacidade reduzida. A ampliação dos horários e do número de viagens deve ocorrer gradualmente.

O serviço deveria ter sido inaugurado em 28 de março, mas a Justiça barrou o início das operações dias antes, em virtude de um pedido do Ministério Público (MP-SP), que alegava que o serviço – feito a toque de caixa em ano eleitoral – não tinha os devidos estudos de impacto ambiental.

Em 14 de abril, o Tribunal de Justiça (TJ-SP) autorizou a inauguração após a prefeitura recorrer da decisão em primeira instância.

O transporte deveria ficar sob responsabilidade da empresa Transwolff. Porém, como ela está sendo investigada por ligação com uma facção criminosa, a prefeitura da capital assumiu a operação do serviço, que deve beneficiar cerca de 385 mil passageiros da região de Grajaú e Cantinho do Céu.

Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp

Economia de tempo no transporte com a implantação do ônibus aquático na Represa Billings.

Reprodução/TV Globo

Investigação criminal

O Aquático SP deveria ter sido inaugurado inicialmente em 30 setembro de 2023. Mas o início do serviço foi adiado três vezes pela Transwolff, que opera parte do transporte público no extremo Sul da capital paulista.

Desde o ano passado, foram ao menos três adiamentos até que o Ministério Público conseguisse a liminar judicial que impediu o início do serviço.

A liminar foi concedida antes da operação do Ministério Público na semana passada, que apontou a Transwolff como sendo usada para lavar dinheiro do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC).

A operação Fim da Linha prendeu executivos da Transwolff e da UPBus, acusados de ligação com o crime. Por causa das prisões, a Prefeitura de SP nomeou dois interventores da SPTrans nas duas empresas, que passaram a ser operadas pelo poder público municipal, por determinação da Justiça.

Com quase 1.200 ônibus na frota, a Transwolff opera 100 linhas de ônibus na cidade e transporta diariamente cerca de 700 mil pessoas por dia.

Com isso, a empresa ganhou o direito de operar o Aquático SP no extremo Sul, através de um aditivo contratual feito entre a empresa e a SPTrans, sem realização de licitação para o serviço.

A SPTrans afirma que a operação do sistema hidroviário já estava prevista no edital de licitação de 2019, quando foi assinado o contrato atual da gestão municipal com as concessionárias de ônibus da cidade.

Em 2023, a empresa recebeu R$ 748 milhões da prefeitura para a prestação de serviço de transporte de passageiros nessas linhas operadas na Zona Sul da capital.

Histórico de atrasos

Ao lado de Tarcísio, Nunes promete implantação de transporte na Billings até fevereiro

O Aquático SP deveria ter começado a funcionar até 30 de setembro do ano passado, mas a data foi adiada vez para dezembro.

Em janeiro, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) postou um vídeo ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) garantindo o início da operação para o final de fevereiro.

No início de março, Nunes havia afirmado que os barcos que vão transportar os passageiros pela Billings começariam a trabalhar no final daquele mês.

"[O novo prazo é] até o último dia do mês de março. Nós tivemos problemas com relação às licenças e é natural que aconteça isso [atraso]. Mas a gente vai adequando e não está, assim, tão fora do nosso cronograma", disse Nunes.

"Vai ser um transporte importante. Quem sai lá do Grajaú e pega as avenidas Belmira Marin e Teotônio Vilella, para se dirigir até Santo Amaro, gasta, dependendo do horário, mais de uma hora. E agora vai fazer o transporte pelo barco em 15 ou 17 minutos. Vai melhorar muito a qualidade de vida dessa pessoa, vai poder ficar mais tempo com a família", declarou o prefeito à época.

Entretanto, a promessa não foi cumprida novamente, justamente devido à liminar obtida pelo Ministério Público do Meio Ambiente, que suspendeu o início da operação.

G1 nacional

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!