Presidiários cobravam até R$ 20 mil para não vazar fotos íntimas
A quadrilha especializada em extorsão virtual liderada por presidiários tinha como alvo homens de alto poder aquisitivo do Distrito Federal.
A quadrilha especializada em extorsão virtual liderada por presidiários tinha como alvo homens de alto poder aquisitivo do Distrito Federal. O grupo executava um esquema por meio de plataformas de relacionamento on-line e obrigava as vítimas a pagarem até R$ 20 mil.
Após estabelecerem contato e ganharem a confiança dos homens, os criminosos os convenciam a enviar fotografias íntimas. Em posse das imagens, iniciavam a extorsão, com ameaças de divulgar o conteúdo sensível caso não recebessem o pagamento.
As ações policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) para desarticular a facção começaram no domingo (28/4) e terminaram na quarta-feira (1º/5). Durante a Operação Vindima, os agentes cumpriram sete mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão.
As diligências ocorreram predominantemente na região de Bento Gonçalves (RS), com apoio da Polícia Civil local (PCRS).
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Os líderes da organização criminosa coordenavam as extorsões de dentro de presídios, segundo as investigações, “demonstrando alto grau de organização e abuso das facilidades de comunicação dentro do sistema carcerário”.
Veja imagens da operação:
Os integrantes do grupo criminoso devem responder pelos crimes de extorsão, lavagem de dinheiro, corrupção de menor e associação criminosa, cujas penas máximas, somadas, chegam a 28 anos de prisão.
“Identificou-se, até o momento, um total de cinco vítimas diretamente afetadas no Distrito Federal, embora se estime que o número possa ser maior, dada a natureza expansiva das plataformas usadas para os crimes”, informou a DRCC.
A Operação Vindima “foi extremamente exitosa”, segundo a delegacia, com a prisão de todos os integrantes da associação criminosa, três dos quais cumpriam pena por tráfico de drogas e um quarto era monitorado por tornozeleira eletrônica.