Caso Sophia: mãe e padrasto acusados de matar menina vão ser ouvidos pela 1ª vez em audiência

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Caso Sophia: mãe e padrasto acusados de matar menina vão ser ouvidos pela 1ª vez em audiência
Stephanie e Christian estão presos preventivamente desde 26 de janeiro pelos crimes de homicídio qualificado e estupro de vulnerável. Audiência será realizada no Fórum de Campo Grande nesta quinta (28). Primeira vez que mãe e padrasto se Sophia sentam juntos após o crime.

Jéssica Benitez/TV Morena

Pela 1ª vez, Sthepanie de Jesus da Silva e Christian Campoçano Leitheim vão ser ouvidos pela Justiça, no Fórum de Campo Grande, nesta quinta-feira (28), sobre a participação na morte da pequena Sophia, que morreu com 2 anos. A previsão é que a audiência deve começar às 16h30 (horário local).

Stephanie de Jesus Da Silva e Christian Campoçano Leitheim, mãe e padrasto de Sophia, estão presos preventivamente, desde 26 de janeiro deste ano, pelos crimes de homicídio qualificado e estupro de vulnerável.

Nesta quinta será realizada a última audiência de instrução do Caso Sophia. Serão ouvidos Sthepanie de Jesus da Silva e Christian Campoçano Leitheim, mãe e padrasto da criança. Além do casal, uma testemunha também será ouvida no Fórum.

Suspeitos de cometerem o crime tiveram a prisão temporária convertida em preventiva

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Antes da abertura das portas do Fórum, o pai de Sophia, Jean Carlos OCampo, já estava no local. Junto do marido, Igor Andrade, o casal pediu por Justiça pela menina.

"Nós estamos aqui hoje representando ela, e para lutar, para lutar pelo que fizeram com ela. Uma coisa que eu peço para Deus é a verdade. É a verdade que se eles foram homem e mulher de ter feito o que fizeram com a minha filha, eles têm que assumir o que fizeram. Eles têm que ter responsabilidade de carregar a culpa de ter assassinado uma criança de dois anos e sete meses que não tinha como se defender".

Pai de Sophia já está no Fórum de Campo Grande.

Jéssica Benitez/TV Morena

A audiência não tem horário para ser finalizada. A expectativa é que Christian, Sthepanie e a testemunha falem nesta quinta.

Relembre o caso

Sophia morreu aos 2 anos.

Arquivo Pessoal/Reprodução

Trinta atendimentos antes de morrer. Socorrida já morta. Mãe e padrasto presos. Relato de homofobia contra o pai, que tentava a guarda. Os desdobramentos do caso Sophia mostraram que a menina era vítima frequente de violência, mas as autoridades não conseguiram agir a tempo de evitar a sua morte.

Sophia Jesus Ocampos, de 2 anos, morreu no dia 26 de janeiro de 2023. Ela foi levada já sem vida pela mãe à UPA do Bairro Coronel Antonino. Segundo o médico legista, o óbito havia ocorrido cerca de sete horas antes.

Em depoimento, a mãe confirmou que sabia que a menina estava morta quando procurou a unidade de saúde. O laudo de necropsia do corpo da menina, emitido pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), apontou que a causa da morte foi por traumatismo na coluna cervical e confirmou que Sophia foi estuprada.

A declaração de óbito aponta que a causa da morte foi por um trauma na coluna cervical, que evoluiu para o acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica. O documento ainda diz que a menina sofreu "violência sexual não recente".

30 atendimentos antes de morrer

Menina apresentava diversos ferimentos pelo corpo

Arquivo pessoal/ Reprodução

As idas de Sophia à unidade de saúde eram frequentes. O prontuário médico da menina consta que ela passou por 30 atendimentos médicos em unidades de saúde da capital, uma delas por fraturar a tíbia.

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) investiga se houve falhas nos atendimentos prestados à menina. O processo administrativo vai ouvir servidores públicos da Sesau para colher informações.

Igor de Andrade, companheiro do pai da menina, relatou ao g1 que eles tentaram conseguir a guarda da criança, mas um dos impedimentos seria a homofobia por parte da mãe da vítima.

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