Dia mundial: rádio é paixão que toca gerações, companheiro diário e com potencial de resiliência
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2024 marca os 101 anos da primeira transmissão feita pelo meio de comunicação. Em Campo Grande, ouvintes falam das paixões e companhia do item indispensável. Microfone clássico de rádio - imagem ilustrativaMarcello Casal Jr/Agência BrasilNesta terça-feira (13) é comemorado o "Dia Mundial do Rádio". Neste ano, são celebrados 101 anos da primeira transmissão feita pelo meio de comunicação no Brasil. Em Mato Grosso do Sul, o veículo de comunicação toca gerações, é companheiro diário e apresenta potencial de resiliência.Em Campo Grande, a audiência do rádio é maior do que os números nacionais. Para Antônio Alves, o Tunico, presidente da Associação das Emissoras de Rádio e Televisão de Mato Grosso do Sul, o rádio é um meio de comunicação que demonstrou muita resiliência. "Nasceu em uma caixa de madeira, vira acessório obrigatório nos carros, se populariza tornando-se portátil e, com as inovações tecnológicas, se populariza ainda mais com a internet e vira multiplataforma, ampliando o seu alcance. Aí vem o streaming e os podcasts, com conteúdos on-demand. Ao invés de concorrer, esse formato se complementa, pois quem gosta de estar atualizado continua conectado ao vivo, com muita informação e entretenimento em tempo real", salienta Tunico, que também é diretor de negócios da Rede Mato-grossense de Comunicação (RMC). Tunico apresenta dados otimistas sobre o consumo no rádio em Campo Grande. "81% dos campo-grandenses ouvem rádio com frequência, acima da média nacional. Em outra pesquisa recente realizada pelo governo do estado, 70% das pessoas que ouvem rádio no Mato Grosso Sul confiam na notícia transmitida pelo seu comunicador".Em Campo Grande, a Morena FM garante conteúdo de qualidade e músicas de excelência pelas ondas do rádio. Há 40 anos trabalhando com o meio de comunicação que é companheiro diário de muitos, Edgar Scaff fala da experiência e emoção de conduzir os conteúdos através da voz. "É uma emoção muito grande estar atrás do microfone todos os dias, podendo falar, levar a minha voz, levar as informações e músicas. São milhares e milhares de pessoas que diariamente ouvem o rádio. O rádio que jamais caiu de moda, muito pelo contrário. O rádio veio evoluindo junto com tudo que está aí que você vê hoje. O rádio foi acompanhando. E por isso estamos aí neste patamar de um grande sucesso. A grande maioria das pessoas em todo o mundo ouvem o rádio. O rádio ainda é um sucesso e tenho certeza que irá permanecer por muitos e muitos anos", completa Scaff.Uma pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostra que mais de 56% dos domicílios brasileiros possuíam um aparelho de rádio em 2022.No recorte regional, o Sul lidera com a maior quantidade de residências com rádio (64,8%), seguido das regiões Sudeste (58%), Nordeste (54,9%), Centro-Oeste (47,5%) e Norte (46,8%). Na área rural, o percentual de domicílios chega a 58,2%.As vozes do rádioJornalistas, comunicadores e apresentadores da Morena FM.ReproduçãoUma das belas vozes da Morena FM é a de Vera Loio, comunicadora do "Viva Easy, Na Hora do Almoço". A comunicadora desvendou o mistério sobre como é feita a escolha das músicas da rádio. Será que existe uma playlist pronta? "Temos um programador musical", declara Vera. E a voz para o rádio? Ela deve ter um toque especial? "Ter uma voz agradável aos ouvidos, né? Ser uma pessoa bem comunicativa, que fale bem, que tenha essa questão do improviso", completa Vera.A repórter Vivian Krajewski produz matérias para o jornal Primeira Página, na Morena FM, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, logo pela manhã. "A nossa linguagem é muito, muito fácil. É uma linguagem, de conversa. É como se você já estivesse conversando ali com a sua mãe, com seu pai, e contando uma notícia, uma história. Então reportar várias histórias no rádio hoje para mim é uma coisa muito gratificante, mas o que mais me deixa feliz é poder contribuir com as pessoas, com os ouvintes", afirma Vivian.Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: